O Jiu-Jitsu, considerado uma das artes marciais mais eficientes, vem quebrando barreiras e mostrando que nos tempos atuais não há espaço para o preconceito e a discriminação. Uma reportagem do jornal “A Crítica” mostra que a amazonense Anne Viriato é a primeira atleta transgênero a conseguir a tão sonhada faixa-preta. A jovem tem 23 anos de idade e treina desde os 8.
“A principal lição que aprendi foi nunca subestimar ninguém. Não importante como seja a pessoa, a gente pode olhar de um jeito, mas não sabe a capacidade de alguém quando se quer algo. Essa foi a lição que o Jiu-Jitsu me trouxe. Achavam que eu não era capaz… E eu fui lá e mostrei do que era capaz”, disse a lutadora à publicação.
“As trans não podem ser vistas como alienígenas que estão tentando pegar o espaço de alguém. Somos seres humanos normais. Trabalhamos, temos família… Muita gente quer julgar por conta dos outros que fazem coisas erradas, então querem nos marginalizar. Todos fazem coisas erradas e isso vai do caráter”, acrescentou Viriato .
Em 2018, a jovem realizou uma luta de MMA contra um homem e venceu. Railson Paixão foi derrotado por decisão no evento Mr Cage 34.
“Tem muita gente que não sabe da minha história do começo, então ganhar essa faixa pra mim é um sonho de criança realizado. Mesmo com a transição (de gênero) e tudo mais, eu não parei e prossegui até conquistar o que queria”, concluiu Anne Viriato.