O Informe Baiano dará início a uma série de reportagens para mostrar as novas revelações da política de Salvador. Figuras até então desconhecidas da massa popular, mas que obtiveram resultados consideráveis neste eleição, mesmo aqueles que não venceram o pleito.
É o caso do jornalista Gusmão Neto, de 35 anos, que estreou nas urnas este ano, embora tenha estrada nos bastidores. Já foi secretário municipal de Governo, Administração e Infraestrutura, assessor parlamentar na Câmara dos Deputados e Assembleia Legislativa. Esse ano saiu do anonimato e foi ser candidato a vereador de Salvador pelo PTB. O jornalista não venceu a eleição, mas terminou o pleito com um saldo positivo. Primeiro porque Gusmão era praticamente um desconhecido nos bairros da capital. Ele veio do interior, da cidade de Una, enfrentou o desafio de ser candidato na capital baiana, montou um grupo e obteve cerca de 1.700 votos, um número insuficiente para faturar a vaga no legislativo municipal. Porém, o bastante para consolidá-lo como uma liderança na cidade.
Com uma imagem ainda não muito conhecida, Gusmão apostou em bandeiras sociais para discutir na campanha e explorá-las nas redes sociais, a exemplo da defesa da pessoa com Epilepsia e o uso medicinal do Canabidiol, um segmento que ele considera uma fonte significativa dos seus votos.
“Fomos muito para os bairros, mas sem recurso e sem obras expressivas a gente acaba sendo espremido pelos candidatos mais abastados financeiramente. Então resolvi apostar expressivamente nas causas sociais que acredito e me jogar nas redes sociais. Se você me perguntar se fiquei triste com o resultado, claro que vou dizer que sim. Mas acredito que saímos engrandecidos. Hoje posso dizer que lideramos um grupo político de verdade, formado por jovens ativistas sociais, lideranças comunitárias, profissionais de diversas áreas, que estamos unidos no propósito de continuar ajudando nossa cidade”, avalia Gusmão Neto, que é especialista em marketing político.