A Organização Mundial da Saúde (OMS) aprovou nesta quinta-feira (31) o uso emergencial da vacina desenvolvida pela farmacêutica americana Pfizer, em parceria com o laboratório BionTech, abrindo caminho para que países ao redor do mundo autorizem sua importação e distribuição.
Com isso, o imunizante “se torna o primeiro a receber validação de emergência da OMS desde o início do surto, há um ano”, explica o comunicado da entidade.
Para Mariangela Simão, diretora de acesso a medicamentos da OMS, “este é um passo muito importante para garantir o acesso universal às vacinas da Covid”.
A aprovação também permite que o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) adquiram a vacina para a distribuição a países mais necessitados e vulneráveis.
O imunizante usa a inovadora tecnologia de RNA mensageiro (mRNA), uma sequência genética sintética que codifica a proteína spike, espécie de “casca” utilizada pelo coronavírus Sars-CoV-2 para atacar as células humanas. Ao entrar no organismo, esse mRNA instrui as células a produzirem a proteína, que será reconhecida como agente invasor pelo sistema imunológico e combatida com anticorpos que, mais tarde, servirão para enfrentar uma eventual infecção pelo novo coronavírus. Esse imunizante, no entanto, precisa ser mantido a -70°C para garantir sua eficácia de 95%. A Biontech e a Pfizer já informaram que trabalham em uma “segunda geração” da vacina que possa ser conservada em temperaturas normais de refrigeração.