O Instituto Butantan afirmou à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) nesta quinta-feira (07/01) que a eficácia da Coronavac é de 78%.
O Butantan, que adiou quatro vezes o anúncio, já havia avisado que o imunizante produzido em parceria com a chinesa Sinovac tinha eficácia acima dos níveis exigidos pela agência brasileira e pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
A Anvisa considera o mínimo de 50% de eficiência para que um imunizante contra o novo coronavírus seja autorizado para uso em território brasileiro. O adiamento ocorreu porque a Sinovac resolveu unificar os dados dos testes feitos no Brasil, na Indonésia e Turquia, o que poderia levar cerca de 15 dias.
Conforme a Folha de S.Paulo, a consolidação e a análise de dados são critérios exigidos pela agência de regulação de medicamentos da China.
Registro
Com os dados em mãos, o Butantan também pediu nesta quinta à Anvisa autorização de uso emergencial e uso definitivo da Coronavac. A primeira ação permite que a vacina seja aplicada em determinados grupos e somente como parte de um programa institucional de governo. Já o registro definitivo do imunizante o torna apto a ser administrado em toda população e a ser comercializado.
Para a autorização em caráter especial, disponível em casos de emergências, como em uma pandemia, bastam dados preliminares dos estudos finais para a concessão. Apesar de ainda não ter o registro, a Coronavac já está em produção no país. Além de ter recebido doses prontas da China, o Instituto Butantan está em funcionamento 24 horas por dia para confecção do imunizante.