A ida da próxima Copa do Mundo para uma nação do Oriente Médio, o Catar, fez outro país da região preparar um plano ousado para reforçar a seleção. Os Emirados Árabes Unidos iniciaram nos meses finais de 2020 um mutirão inédito para naturalizar estrangeiros que há tempos estão na liga local. O objetivo é melhorar o nível da equipe. E os brasileiros são a mão de obra preferida.
O país conhecido pela riqueza das cidades de Dubai e Abu Dabi conta agora na seleção com nomes bem brasileiros. Neste ano, passou a contar com o meia Fábio Lima e o atacante Caio Canedo. Já em 2020, o primeiro reforço internacional foi o argentino Sebastián Tagliabúe, que até já disputou competições oficiais. A lista deve aumentar pelos próximos anos, assim que outros jogadores conseguirem a documentação necessária.
A Fifa determina que um atleta só possa defender outra seleção se tiver no mínimo cinco anos de residência no país. Essa atitude foi tomada há cerca de dez anos justamente para frear o processo desenfreado de “importação” de talentos.
Porém, logo depois de um jogador atingir esse prazo mínimo, dirigentes já tentam resolver logo a burocracia. Conseguir naturalizar um brasileiro significa ao clube ter uma vaga a mais para acomodar outros estrangeiros no elenco.
O atacante Caio Canedo, de 30 anos, foi revelado pelo Volta Redonda, teve passagens por Botafogo e Internacional e está nos Emirados Árabes desde 2014, quando chegou ao Al-Wasl. A oportunidade para jogar pela seleção veio na última terça-feira. A equipe realizou um amistoso contra o Iraque e ele já foi titular. O jogo terminou 0 a 0.