Os resultados do estudo publicados no último dia 9 de fevereiro pela revista especializada Vaccine revelam que a vacina mRNA-1273 contra Covid-19, da Moderna, empresa de biotecnologia americana, induziu à produção de anticorpos com apenas meia dose do imunizante em comparação com a dose total. O produto é negociado pelo prefeito de Salvador, Bruno Reis com a empresa.
O estudo aponta que se concluída a sua eficácia para proteger contra a Covid-19 em uma dose menor, isso poderia levar à imunização do dobro de número de pessoas com a mesma quantidade de doses.
Em 25 de janeiro, o gestor da capital baiana disse ao Informe Baiano que estudava a compra de 6 milhões de doses em parceria com outras cidades e/ou estados, já que Salvador tem pouco mais de 3 milhões de habitantes. Bruno revelou ainda na época que a preocupação em relação a compra é devido ao prazo, pois a Moderna pretende entregar o medicamento apenas em outubro. Porém, conforme o prefeito, “eles estão avaliando a possibilidade de antecipar a entrega para maio”. As negociações continuam em andamento.
No ensaio clínico randomizado, controlado e cego de fase 2, 600 participantes, divididos em duas coortes, uma com participantes com 18 a 55 anos e outra com mais de 55 anos, foram distribuídos aleatoriamente para receber doses da vacina de 50µg, de 100µg ou placebo. Cada participante recebeu duas doses do imunizante ou do placebo, com intervalo de 28 dias entre elas. O objetivo do estudo era avaliar a segurança e imunogenicidade da vacina em diferentes dosagens.
A vacina utiliza trechos do RNA do vírus, notadamente aqueles responsáveis pela codificação da proteína S da espícula do vírus, para induzir a produção de anticorpos e células de defesa. Ao ter contato com o vírus verdadeiro, o sistema imune estará preparado para impedir a infecção e replicação vital. Os voluntários foram recrutados entre os meses de maio a julho de 2020 e a pesquisa foi concluída em agosto e setembro. A duração da proteção e a segurança da vacina estão sendo avaliadas.
Bruno Reis estuda compra de 6 milhões de doses de vacina da Moderna