Especialista diz que, até o momento, doença não é um agravante para a Covid-19 e reforça importância da manutenção das medicações e da vacina
Em tempos de pandemia, todos têm que respeitar as medidas de distanciamento físico, uso de máscaras ehigienização das mãos. E isso não deve ser diferente para as pessoas que vivemcom epilepsia. O alerta é feito neste mês de março, quando a epilepsia ganha destaque com o Purple Day, Dia Mundial de Conscientização sobre a Epilepsia, em 26 de março.
“Felizmente, até o momento, não parece que os estes pacientes tenham um maior risco de contrair coronavírus ou de apresentar complicações graves”, explica o neurologista Humberto de Castro Lima, que integra a equipe do Hospital Cárdio Pulmonar. Por outro lado, ressalta que é preciso atenção aos cuidados.
“Primeiro, é importante manter uso correto das medicações, evitando, assim, o aparecimento de crises epilépticas. As pessoas com epilepsia também não devem ter receio de se vacinar e devemseguir o cronograma vacinação de sua cidade”, reforça o médico.
Humberto de Castro Lima destacaque é muito importante manter acompanhamento com o médico assistente nesse período. “E, hoje em dia, isso é possível inclusive sem sair de casa, utilizando recursos de telemedicina”, pontuou o neurologista.
Epilepsia
A epilepsia é uma doença neurológica crônica que afeta pessoas de todas as idades. Segundo a Associação Brasileira de Epilepsia (ABE), estima-se que 1,5% da população mundial tenha epilepsia, percentual que corresponde a cerca de 50 milhões de pessoas portandoa forma ativa da doença – termo que se refere a quem teve crise no último ano.
Ainda de acordo com a ABE, cerca de 10% da população mundial poderá ter alguma crise epilética ao longo advida. Cerca de 70% das pessoascom epilepsia seguem sem crise com o uso de apenas uma medicação. Para os 30%, podem ser necessárias outras medidas, como cirurgia ou uso de neuroestimuladores.
A característica mais marcante da doença são as crises epilépticas, que podem ocorrer de forma imprevisível e variada em função de tipos, causas e níveis de gravidade. As crises convulsivas também podem ser precipitadas por estresse, ansiedade, privação dosono, grandes alterações hormonais, cansaço físico, uso irregular ou suspensão abrupta de medicação.