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Informe Baiano
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Hormônios sexuais e Covid-19: agravamento da infecção é diferente em homens e mulheres

Um ano após o início da crise sanitária que já matou mais de 2,8 milhões de pessoas no mundo, as estatísticas da COVID-19 reforçam que, embora os impactos – em termos de saúde, mas também sociais e econômicos – da infecção pelo vírus SARS-CoV-2 não sejam os mesmos para todos os indivíduos, em maior ou menor medida, as pessoas em geral estão suscetíveis ao contágio.

Em letalidade da doença, entretanto, os índices globais revelam que o vírus – que não escolhe etnia, classe ou gênero, em termos de propagação –, mata mais homens do que mulheres. Uma pesquisa publicada na revista científica Frontiers in Public Health estima que, para os homens, a chance de óbito seja duas vezes maior do que no caso de mulheres infectadas. A plataforma Global Health 50/50, que reúne dados internacionais, também aponta para a taxa de mortalidade desproporcional entre pessoas conforme o gênero. E, no Brasil, segundo dados do Ministério da Saúde, 58% dos óbitos por COVID-19 são de pacientes do sexo masculino.

De acordo com especialistas e pesquisadores da área, as taxas de mortalidade podem estar relacionadas a componentes biológicos, estilo de vida, caráter infeccioso da doença e pesquisas recentes apontam associação também com outras condições, como o chamado “fator protetivo do estrogênio”.

Cientistas observaram que, em alguns casos, o hormônio inibe a produção de angiotensina 2, reduzindo a suscetibilidade de agravamento da infecção em mulheres. Isso não vale, no entanto, para as mulheres após a menopausa que não fizeram reposição hormonal, ou seja, não seria determinante no que diz respeito aos óbitos após esta fase. Em todo caso, o papel do hormônio na resistência à COVID-19 segue como um dos focos de atenção da classe científica. Em Nova York, nos EUA, equipes de saúde trabalham com doses de estrogênio em estudos e ensaios preliminares sobre a COVID-19 e, em Los Angeles, um hospital prepara um estudo com outro hormônio feminino, a progesterona.

Outro fator que vem sendo estudado por pesquisadores do Brasil e do mundo são os níveis de testosterona em pacientes acometidos de infecção por COVID-19. De acordo com o médico integrativo Jorge Valente, já existem dados que indicam relação entre baixos níveis de testosterona, resposta imunológica e sintomas severos da doença, levantando um alerta: homens com níveis hormonais baixos que testam positivo para coronavírus poderiam melhorar o prognóstico com tratamento hormonal?

“O que se sabe é que pacientes idosos, pacientes com doenças cardiovasculares e/ou com comorbidades, como diabetes e obesidade, que normalmente apresentam níveis mais baixos de testosterona, podem ter impactos mais devastadores da doença, tanto no que diz respeito a internamento e intubação quanto nas sequelas pós-recuperação, o que acende um debate importante sobre o potencial de estratégias terapêuticas com reposição hormonal”, observa Jorge Valente.

Coadjuvantes no enfrentamento à COVID-19?

Embora os estudos sejam recentes e resultados das pesquisas ainda não se constituam de forma definitiva, descobertas sobre o aspecto infeccioso da doença, investigações sobre o receptor ACE-2 (enzima conversora de angiotensina 2) – que possibilita a entrada do vírus nas células – e indícios de que o estrogênio estaria relacionado a uma proteção fisiológica das mulheres, enquanto baixos níveis de testosterona poderiam ser vinculados à suscetibilidade à infecção trazem novas pistas aos pesquisadores, em um momento em que ainda se buscam opções de tratamento e a vacinação não acompanha, em velocidade, a disseminação da doença.

O médico Jorge Valente reforça que as principais formas de evitar o contágio por SARS-CoV-2 continuam sendo a imunização, com aplicação das doses da vacina, e o distanciamento social. Segundo ele, o que os estudos com foco em hormônios trazem são potenciais terapêuticos promissores, ainda sob análise, para pacientes acometidos por COVID-19.

“Diferente dos corticoides, os hormônios sexuais não diminuem o poderio do sistema imunológico do paciente. Existem inclusive estudos mostrando que pode ser uma alternativa para o futuro fazer reposição nos pacientes que têm deficiência de hormônio para reduzir o impacto do coronavírus”, conclui Jorge Valente, que lembra que pesquisas sobre os efeitos anti-inflamatórios do estrogênio e da testosterona estão em andamento, abrindo perspectivas para terapias de reposição hormonal em mulheres e homens idosos diagnosticados com infecção por coronavírus.

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