O deputado Antonio Henrique (PP) pediu ao governador Rui Costa que inclua os municípios do Oeste na vacinação “preliminar e estudo de efetividade do plano de imunização da vacina Sputnik-V”, em especial as cidades que possuem maior estrutura de rede de saúde, como Barreiras, Luís Eduardo Magalhães, São Desidério, Barra, Ibotirama, Santa Maria da Vitória e Bom Jesus da Lapa.
Na indicação onde apresentou o pleito, o deputado citou estudos realizados pela Universidade Federal do Oeste em março deste ano que apontaram “agravantes” na região “que devem ser levados em consideração urgentemente para a intensificação da contenção, enfrentamento e prevenção da pandemia do Covid-19”. O levantamento detectou a incidência de novas variantes e a elevação nas taxas de ocupação de leitos. A macrorregião de Saúde Oeste da Bahia é composta por 36 municípios.
O primeiro paciente com Covid-19 na região foi confirmado em 21 de março de 2020, em Barreiras, e até o último dia 27 de maio tinham sido registrados 57.120 casos, “gerando um coeficiente de incidência regional de 5.990,44 casos/100.000 habitantes”. O parlamentar comparou esses dados com os registrados em 13 de maio e constatou que, em 14 dias, houve um aumento de 11,5% no número de casos, que saltou de de 51.252 para 57.120 pessoas infectadas.
Antonio Henrique também analisou os números registrados na semana de 21 a 27 de maio e verificou que foram notificados na região um total de 2.808 casos novos, o que confere uma média de 401 casos novos/dia
Com essas “concernentes informações” em mãos o parlamentar listou para o governador “fortes motivos” para que as novas vacinas disponíveis no plano de imunização do Estado sejam aplicadas de forma preliminar na região: o risco alto de colapso hospitalar, uma vez que entre os dias 21 e 27 de maio a taxa média geral de ocupação dos leitos clínicos e de UTI na macrorregião foi, respectivamente, 92% e 95%; detecção de novas variantes nas cidades de Barreiras e Santa Rita de Cássia, e o fato de os municípios do Oeste receberem “uma quantidade menor de doses de vacinas quando se faz um comparativo com outras cidades que possuem população inferior”.
Outra “questão importante” levantada no documento foi a distância entre o Oeste e a capital, que dificulta translado e logística para transferência para Salvador de pacientes em busca de atendimento de alta complexidade.