Cinco estados (Pernambuco, Acre, Ceará, Espírito Santo e Piauí) reduziram o intervalo entre a primeira e a segunda dose da vacina AstraZeneca com o objetivo de ampliar a proteção da população contra a variante delta do coronavírus. A medida é contrária a recomendação do Ministério da Saúde que escolheu o maior prazo previsto em bula.
Questionado pelo Informe Baiano sobre a possibilidade de ação semelhante, o prefeito Bruno Reis (DEM) lembrou que a redução não é novidade para Salvador, que adotou a prática no mês passado.
“Nós já estamos fazendo isso. As pessoas copiam o que a gente está fazendo aqui, as ideias boas”, pontuou.
“Nós não vamos antecipar um mês. Um mês eu sou contra porque isso reduz a eficácia da vacina, a segunda dose”, disse o gestor ao acrescentar que a bula da Oxford diz que a depender do tempo de redução “você pode perder uma eficácia de 4 a 6%”.
Com isso, segundo o prefeito, só “dá para reduzir 20 dias”.
“Aqui já fizemos 10 dias de antecipação, até 15 dias já fizemos… Isso já estamos fazendo desde o mês de junho, antecipamos antes do São João, pois sabíamos que as pessoas teriam mais dificuldades para tomar a vacina. Então, aqui, é no limite máximo de 20 dias, pois já começa a comprometer a eficácia da vacina”, finalizou Bruno Reis.
Estudos apontam que somente a vacinação completa, ou seja duas doses, protege contra a variante Delta. O Ministério da Saúde chegou a estudar a redução do prazo, mas reunião da Câmara Técnica manteve as 12 semanas.