A Polícia Civil do Pará abriu uma investigação contra um professor de medicina após a divulgação de um vídeo no qual ele pergunta para uma aluna, durante uma aula, se ela preferia ser estuprada com lubrificante ou “no seco”. As informações são da Folha.
O fato aconteceu no último dia 17, no Centro Universitário Metropolitano da Amazônia (Unifamaz), em Belém, capital paraense. O caso foi filmado por uma pessoa na aula e viralizou nas redes sociais.
No vídeo, o professor ensina a uma aluna um procedimento de intubação utilizando um boneco. Ele questiona se ela havia lubrificado o tubo completamente e diz: “Quero ver se quando a senhora for estuprada vai querer levar o KY [marca de gel lubrificante íntimo] para facilitar a vida ou vai preferir no seco mesmo”.
Após aluna não utilizar lubrificante na aula de entubação, professor de Medicina pergunta se ela prefere ser estuprada com lubrificante ou "no seco". pic.twitter.com/JOaSpOyTKg
— Crimes Reais (@CrimesReais) November 26, 2021
Nesta sexta-feira (26), estudantes e diversas mulheres fizeram uma manifestação contra apologias ao estupro em frente à faculdade.
A Unifamaz divulgou uma nota em que diz que adotou providências e procedimentos internos para apurar os fatos.
“O Unifamaz reafirma seu compromisso com o ensino de qualidade, pautados no respeito humano e na integridade pessoal. Dessa forma, repudia veemente qualquer prática inadequada na relação acadêmica professor-aluno”, diz o comunicado.
O caso está a cargo da Divisão Especializada no Atendimento à Mulher, da Polícia Civil.