A família do congolês Moïse Kabamgabe prestou depoimento nesta quarta-feira (02/02), na Delegacia de Homicídios da Capital, no Rio de Janeiro. Os depoimentos duraram quase cinco horas e o teor não foi divulgado pela polícia.
Os três acusados pela morte de Moïse Aleson Cristiano de Oliveira Fonseca, o Dezenove; Brendon Alexander Luz da Silva, o Totta; e Fábio Pirineus da Silva, o “Belo”, foram levados para o Presídio José Frederico Marques, em Benfica, após decisão judicial, que acolheu a denúncia do Ministério Público (MP) por homicídio duplamente qualificado.
Em nota, a Arquidiocese do Rio de Janeiro, por meio da Caritas Arquidiocesana, lamentou a morte de Moïse. Ele e os demais membros de sua família foram auxiliados pela Caritas Arquidiocesana, desde a sua chegada ao Brasil.
Também em nota, o Instituto dos Advogados Brasileiros (IAB) manifestou sua indignação diante do brutal assassinato do congolês. O texto assinado, pela presidente nacional, Rita Cortez, afirma que “as autoridades e os agentes públicos precisam apurar e punir com extremo rigor o ocorrido”. A nota diz, ainda, que “a sociedade brasileira necessita, de forma urgente, reagir às brutalidades sociais que nos envergonham diante do mundo”.
No próximo sábado (05/02), está marcado um ato de protesto em frente ao quiosque Tropicália, reunindo diversas organizações de defesa da causa negra e dos direitos humanos.