Tuberculose “é uma doença antiga que continua atual”, diz médica em evento da Fundação José Silveira

A Fundação José Silveira e o Ministério da Saúde (MS) realizaram um evento comemorativo em homenagem ao Dia Nacional de Combate à Tuberculose, nesta segunda-feira (05/12). O objetivo foi alertar sobre a doença, que apesar de antiga, “continua atual”, conforme a médica infectologista Denise Arakaki, que trabalha na coordenação geral do Programa Nacional de Controle da Tuberculose do MS.

Dados do Ministério da Saúde, em 2021, apontam que 68.271 novos casos de tuberculose foram registrados no país. Já em 2020, foram registrados 68.939 casos novos e 4.543 mortes pela doença. Em 2019 foram registrados 4.532 óbitos. A maioria das vítimas está em situação de vulnerabilidade. A Bahia é o estado que mais concentra infectados da doença.

“Nas doenças infecciosas, ela (tuberculose) só perde para a Covid e talvez já esteja já superando a Covid, pois os números da Covid melhoraram muito. Com a vacinação as pessoas estão morrendo menos. Com a pandemia, a tuberculose perdeu o seu lugar para a covid”, relata Arakaki ao acrescentar que há muito o que fazer no combate à tuberculose.

A especialista ressaltou ainda que a Fundação José Silveira (FJS), que é referência no tema, faz um papel social fundamental em prol das vítimas da doença.

“Não existe uma legislação para permitir a manutenção do emprego dessa pessoa, como existe no HIV, por exemplo. As pessoas tem medo de ter alguém da família com tuberculose. Então, é uma doença muito estigmatizada. A fundação tem um importante papel porque ela consegue transitar nesse cenário, de discutir as questões sociais que afetam as pessoas com tuberculose. Nossa vinda hoje é para prestigiar esse importante trabalho e para relembrar a importância de continuar discutindo esse assunto em um país tão moderno”, afirma.

O coordenador do centro de pesquisa da Fundação José Silveira (FJS), o médico infectologista Eduardo Martins Neto, demonstrou preocupação com a redução nos registros da doença no início da crise sanitária, no ano de 2020. Ele acredita que ocorreu uma subnotificação dos casos de tuberculose na Bahia, o que pode não refletir a realidade. Isso pode atrapalhar no alcance da meta da Organização Mundial de Saúde (OMS) de eliminar a tuberculose como um problema de saúde nas Américas, até o ano de 2035.

“Em torno de 2 a 3% das pessoas que pegam a doença pessoas chegam tarde demais e morrem. Então se a gente fizer o diagnóstico precoce, nós trazemos para a população menos mortalidade, ou seja, menos mortes e menos doença severa”, relata Martins Neto.

O evento também contou com uma Feira de Saúde na comunidade do Calabar com atendimentos gratuitos nas especialidades clínica médica, pneumologia, infectologia, nutrição e, ainda, exame de Raio-X do tórax.

IBIT

Ações pioneiras de combate à tuberculose no Brasil partiram de um médico baiano, o Professor José Silveira. Nos anos 1930, a doença causava alta mortalidade, atingindo, sobretudo, pessoas em situação de vulnerabilidade social. Para garantir tratamento adequado, o Professor José Silveira criou o Instituto Brasileiro para Investigação da Tuberculose (IBIT), uma iniciativa inovadora que, desde o princípio, vai além da assistência médica, com um programa completo focado no tratamento integral do paciente, assegurando assistência médica multidisciplinar, medicamentos, reforço nutricional, acompanhamento social e investigação para diagnóstico de contactantes.

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O IBIT é a origem da Fundação José Silveira, Instituição que segue perpetuando o legado do Professor, atendendo 12% dos casos de tuberculose em Salvador/BA, com percentuais de cura de 90% e 3% de abandono do tratamento, melhores do que os índices preconizados pela Organização Mundial de Saúde (OMS).

Outra expressiva contribuição do IBIT no combate à doença, é o contínuo investimento em produção científica. A unidade integra o projeto RePORT-Brasil, rede global de pesquisa em tuberculose, mantendo um Biorrepositório para coleta de dados e armazenamento de material biológico dos seus pacientes, uma iniciativa que contribui para o alcance da meta da OMS, de eliminar a tuberculose como um problema de saúde nas Américas, até o ano de 2035.

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