Mais de 60 médicos, fisioterapeutas, enfermeiros e técnicos de enfermagem que atuam no Hospital Professor Eládio Lasserre (HPEL), situado em Cajazeiras II, estão denunciando a falta de pagamento dos salários por três meses consecutivos. O último pagamento ocorreu em agosto e foi retroativo a maio. Os profissionais de saúde que trabalham como pessoa jurídica (PJ) são os mais afetados, e essa situação levou alguns deles a abandonar os plantões.
Recentemente, o Governo do Estado reconheceu, por meio de publicação no diário oficial, que deve mais de R$4,645 milhões à organização responsável pela gestão do hospital público.
O Instituto Fernando Filgueiras (IFF), uma organização social sem fins lucrativos, é encarregado da administração do Hospital Eládio Lasserre. Contudo, essa parceria pode estar próxima do seu fim, já que uma seleção pública está em andamento para contratar uma nova empresa para gerenciar as operações do hospital. Além do IFF, a Associação Saúde em Movimento (ASM) também está concorrendo para assumir a gestão.
Na próxima sexta-feira (29/09), ocorrerá a abertura das propostas técnicas e dos atestados de capacidade das organizações interessadas. Até o momento, o Instituto Fernando Filgueiras não se manifestou sobre as denúncias, e a ASM também não respondeu às questões relacionadas à sua intenção de assumir a administração do hospital.
Um profissional de saúde que atua na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) disse ao Informe Baiano que a situação está “insustentável”.
“A gente liga para lá e a coordenação diz que não tem previsão. Algumas pessoas tem dois empregos e conseguem se equilibrar. Mas é quem só tem um? Não podemos aceitar isso”, desabafou um trabalhador.