CRISE DO SISAL: deputados Marcinho e Manoel Rocha sugerem incentivo fiscal e mais tecnologia para viabilizar produtividade

A Comissão de Agricultura e Política Rural da Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA) promoveu nesta terça-feira (07/11) uma audiência pública para discutir a crise na produção de sisal no estado. O encontro contou com a presença de representantes de parlamentares do colegiado, prefeitos e produtores da região sisaleira, além de representantes dos governos estadual e federal. O secretário de Agricultura não compareceu. Atualmente, a Bahia é responsável por 90% do sisal produzido no país. O estado conta com cerca de 67 municípios produtores.

Durante a audiência, a comissão encaminhou algumas proposições, entre elas: criação da profissão do sisaleiro, com cadastro estadual dos produtores do estado; redução do ICMS para os fios naturais; benefício para produtores afetados pela crise do sisal, em modelo similar ao seguro defeso; criação de linha de crédito para beneficiadores do Sisal, através da Desenbahia; e criação de subcomissão entre as secretarias estaduais de Agricultura (Seagri) e Desenvolvimento Econômico (SDE) para acompanhar a crise do sisal.

Os encaminhamentos foram propostos pelo deputado Marcinho Oliveira (União Brasil), autor do pedido de realização da audiência e que é da região sisaleira. “Hoje o grande problema é que o sisal vem perdendo espaço a cada dia para os fios sintéticos. Os produtores do Sisal vivem uma triste realidade. O governo pode desempenhar um papel importante na crise do sisal através de algumas medidas simples, como investimento em pesquisas e desenvolvimento, desenvolver outras técnicas de cultivo mais eficientes. O governo que deixou acabar a EBDA tem que se preocupar com assistência técnica, incentivo fiscal para tornar a produção mais viável economicamente”, ressaltou.

“É preciso buscar caminhos para solucionar a crise do sisal, essa cultura tão importante para a geração de emprego e renda para a Bahia. Temos muitos desafios, como a seca, o preço mínimo, locais para armazenamento e a falta de investimentos em tecnologia e pesquisa, de forma a aumentar a produtividade. Nosso estado representa cerca de 90% da produção no país. Assim como todos os temas debatidos aqui, vamos levar os encaminhamentos às autoridades responsáveis para dar resolutividade. Discutir e dialogar é importante, mas precisamos também apontar soluções para resolver os problemas”, ressaltou o deputado Manuel Rocha (União Brasil), presidente da comissão.

O governo federal, por meio da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), deverá investir cerca de R$ 20 milhões para a compra da produção acumulada, o que vai ajudar a melhorar o preço.

O secretário estadual de Desenvolvimento Rural, Osni Cardoso, disse que a compra do sisal pela Conab vai dar uma aquecida no preço. Ele pontuou que há um debate sobre a utilização do sisal na produção de biocombustíveis, usando o produto diferente do cultivado na Bahia, e destacou que é preciso viabilizar a atual matriz. “Hoje são R$ 436 milhões de exportação, mas aqui só consumimos R$ 86 milhões. São R$ 520 milhões de renda na economia por ano. Precisamos cuidar dessa cultura”, afirmou.

Emanuel Carneiro, superintendente estadual do Conab, disse que uma das dificuldades para agilizar as compras de sisal é a falta de armazéns certificados. “A Conab está à disposição para executar as políticas de governo, mas precisamos que os armazéns tenham condição de receber o produto. Espero que este ano com a parceria com a SDR consigamos fazer essas aquisições e minimizar os impactos do pequeno produtor para que não perca sua produção”, contou.

O superintendente regional do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), Tytta Ferreira, salientou que é preciso buscar uma nova oportunidade além da fibra do sisal, pensando também no resíduo. “Apenas 4% é aproveitado, 96% é jogado fora. Só a fibra é aproveitada. O sisal é rico em energia, como o milho”, frisou.

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