A proporção de cheques devolvidos por falta de fundos cresceu 2,66% no mês de março. É o maior índice registrado desde 1991, de acordo com pesquisa feita pela Serasa Experian. Em fevereiro, as devoluções alcançaram 2,27% do total compensado e, em março do ano passado, a taxa foi 2,32%. Os economistas atribuem esse aumento a inflação elevada e a recessão econômica, que também impulsionou o desemprego no país para 10%.
Para quem viveu ou vive o problema de receber cheque sem fundo, o melhor caminho é uma orientação jurídica. Foi o que disse o advogado João Ribeiro, em entrevista ao Informe Baiano. “Aquele que recebeu um cheque e não conseguiu compensá-lo deve procurar um advogado para que seja proposta uma Ação de Execução, oportunidade em que o Juiz intimará o devedor para pagar o valor do cheque em 03 dias, sob pena de penhora dos valores constantes em todas as contas bancárias vinculadas ao CPF do devedor”, afirmou.
Na comparação com igual mês do ano passado, as devoluções deste ano foram maiores com a média nacional chegando a 2,45%. Por regiões, o Norte do Brasil lidera a inadimplência com cheques, acumulado nos três primeiros meses do ano a taxa 4,75%. Na outra ponta, o Sudeste aparece com o menor índice (2%). O Nordeste apresentou taxa 4,61%; o Centro-Oeste 3,23% e o Sul 2,17%.