No domingo (24/12), a Polícia Federal (PF) realizou a prisão de Luís Antônio da Silva Braga, conhecido como Zinho, considerado o miliciano mais procurado do Brasil. Ele estava foragido desde 2018 e possuía 12 mandados de prisão, conforme informações da PF.
A prisão foi formalizada após negociações entre os representantes do miliciano, a PF e a Secretaria de Segurança Pública do Estado do Rio de Janeiro. Zinho se apresentou na Delegacia de Repressão a Drogas (DRE) e no Grupo de Investigações Sensíveis e Facções Criminosas da PF (GISE), localizados na Superintendência Regional da PF.
Após os procedimentos habituais, foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) para realizar exame de corpo de delito, um protocolo padrão em casos de prisão. Posteriormente, ele foi transferido para o sistema prisional do Estado, onde permanece à disposição da Justiça, embora o local exato não tenha sido divulgado.
Luís Antônio da Silva Braga, o Zinho, assumiu a liderança da milícia que domina predominantemente áreas da Zona Oeste do Rio há pouco mais de um ano, após a morte de seu irmão, Wellington da Silva Braga, conhecido como Ecko. Este último, responsável por expandir os territórios do grupo, foi morto pela polícia em 12 de junho do ano passado na comunidade de Três Pontes, em Paciência, um dos redutos do poder da milícia.
Na última terça-feira (19/12), a Operação Dinastia, conduzida pela PF, resultou no cumprimento de 17 mandados de prisão contra membros da chamada “milícia do Zinho”. No dia anterior, mandados também foram cumpridos contra a deputada Lucia Helena Pinto de Barros, conhecida como Lucinha (PSD). Interceptações de mensagens pela PF indicam que a parlamentar é referida como “madrinha” pelo grupo, agindo como lobista em favor das ações da milícia. A Justiça determinou seu afastamento do cargo.