Aos 66 anos, faleceu nesta quarta-feira (3) o renomado intérprete Melquisedeque Marins Marques, carinhosamente conhecido como “Quinho do Salgueiro”. Figura emblemática do carnaval do Rio de Janeiro, Quinho deixou sua marca inconfundível ao dar vida a inúmeros sambas-enredo memoráveis para a agremiação do Salgueiro.
O Salgueiro, em uma emocionante mensagem compartilhada em suas redes sociais, destacou a importância de Quinho não apenas como um cantor talentoso, mas como um verdadeiro poeta que conseguia traduzir a essência da escola em suas notas musicais.
“Quinho não era apenas um cantor, mas um poeta que traduzia em notas a essência da nossa escola”, afirmou o Salgueiro em sua homenagem póstuma. “Ele não apenas cantou para o Salgueiro; ele viveu e respirou cada nota, cada batida do coração acelerado da bateria. Quinho personificou o espírito salgueirense, e sua ausência deixa um vazio indescritível.”
No último ano, Quinho foi afastado das festividades carnavalescas devido ao tratamento de um tumor na uretra. Mesmo ausente, seu nome foi reverenciado durante o desfile, com o carro de som batizado em sua homenagem como “Quinho do Salgueiro”.
“Receber uma homenagem em vida, isso me emocionou muito. Nós somos uma pequena partícula dessa imensidão chamada carnaval e escola de samba, e o Salgueiro é a minha vida”, declarou Quinho em uma entrevista ao RJ2, em 2023.
O intérprete começou no bloco Boi da Freguesia, sendo chamado para compor o carro de som de Aroldo Melodia na União da Ilha do Governador, em 1988. E lá ficou até 1990. Consagrado no Salgueiro ao longo de sua carreira, passou por outras escolas do Rio como São Clemente, Acadêmicos do Grande Rio, Império da Tijuca e Acadêmicos de Santa Cruz, e de São Paulo, como Rosas de Ouro, e de Porto Alegre, como a Vila do IAPI.