O vereador e presidente do Sindicato dos Rodoviários da Bahia, Hélio Ferreira (PCdoB), participou de uma reunião na manhã desta quinta (29) com a desembargadora Rita de Cássia Machado Magalhães Filgueiras Nunes, revisora do processo contra os acusados de matar o casal Paulo Colombiano e Catarina Galindo. Em conversa com o Informe Baiano, o edil disse que a magistrada demonstrou vontade de agilizar o processo, porém, respeitando os limites da lei. Ainda segundo Hélio, ela preferiu não estipular um prazo, pois recebeu o processo, que possui 36 volumes, 18 apensos e 39 anexos, essa semana.
“O processo está passando pelo rito legal. Mas foi uma conversa boa com a desembargadora. Foi uma reunião positiva, mas a gente sabe também dos recursos que o processo tem. É um processo complexo. O importante é a nossa presença neste ato relembrando para não ficar no esquecimento e cobrando justiça, esperando o fim desse processo. Sabemos que isso não vai trazer de volta a vida de Colombiano e Catarina, mas vai fazer justiça para que as pessoas tenham tranquilidade para fazer suas funções sindicais no estado da Bahia. Eu acredito que ela ficou sensibilizada”, pontuou.
Vário sindicatos ligados a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) participaram do protesto, que aconteceu em frente ao Tribunal de Justiça, no Centro Administrativo da Bahia (CAB). Ele exigem a prisão dos acusados de matar os trabalhadores. Colombiano e Catarina foram executados dentro de um carro, ao lado do Iperba, no bairro de Brotas, em Salvador. O crime aconteceu há sete anos.
Colombiano era tesoureiro do Sindicato dos Rodoviários da Bahia e foi morto após a realização de uma investigação interna relacionada a irregularidades no pagamento dos gastos com plano de saúde. Cinco pessoas respondem ao processo, sendo que dois são os donos da empresa que prestava serviço de plano de saúde ao sindicato. A dupla é apontada como mandante do duplo homicídio. Outros três envolvidos são funcionários da empresa. Um teria participado da execução do casal e o restante acompanhou a rotina de Paulo e Catarina para que crime pudesse ser cometido. Todos foram presos em 2012, mas não ficaram mais que 20 dias na cadeia.
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