Exemplo de imagem responsiva Prefeitura de Salvador
Informe Baiano
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Ecos do Carnaval: Muita calma nessa hora, calabresos!

“Quem não chora não mama!
Segura, meu bem, a chupeta
Lugar quente é na cama
Ou então no Bola Preta”
(Marcha do Cordão do Bola Preta, de Vicente Paiva)

Cena 1
Na quarta-feira, 7, véspera da abertura oficial da folia, o vice-governador Geraldo Júnior, no exercício do fictício, mas pomposo cargo de coordenador do Carnaval da Bahia, para o qual fora nomeado pelo governador, ao comentar os investimentos do governo estadual para a realização dos festejos, acusou “o lado de lá” – leia-se o prefeito Bruno Reis – de só pensar em festa.

Geraldo é também o virtual candidato da base do governador Jerônimo Rodrigues à prefeitura da capital, e foi nessa condição que atirou no próprio pé, ao praticamente entregar os louros da realização da maior festa popular da Bahia ao prefeito Bruno Reis, que será candidato à reeleição e seu principal adversário na disputa.

– Carnaval é um momento de reflexão! – filosofou o candidato governista, disparando um segundo tiro no outro pé, ao sinalizar o que poderá ser o Carnaval de Salvador no próximo ano, caso ele venha a ser eleito prefeito: um cenário em que Momo, em lugar de proclamar o reinado da folia, anunciará um período de reflexão. Ou seja: menos festa e mais meditação, menos dança e mais pensamento, menos folia e mais circunspecção.

A resposta do “lado de lá” para o “lado de cá” foi curta e objetiva: “Salvador vai viver o maior Carnaval de sua história”, prometeu o festivo Bruno Reis, de olho no folião-eleitor.

Cena 2
No sábado, 10, terceiro dia oficial da folia, Ivete Sangalo, do alto do trio elétrico do bloco Corujas, avistou a cantora Baby do Brasil na sacada do Camarote Planeta Band. Como é tradição nesses momentos do carnaval baiano, Ivete elogiou a colega, que retribuiu a louvação e brindou o público com a canção “Menino do Rio”, seu maior sucesso desde que iniciou a carreira solo.

Finda a cantoria, Baby retomou por um momento sua condição de pastora do Ministério do Espírito Santo de Deus em Nome do Senhor Jesus Cristo, a igreja evangélica que ela própria criou, e dirigindo-se a Ivete, profetizou:

– Todos atentos, porque nós entramos em apocalipse, o arrebatamento tem tudo para acontecer entre cinco e dez anos. Procure o Senhor enquanto é possível!

Ivete fechou a cara e não deixou por menos:
– Eu não vou deixar acontecer, porque não tem apocalipse que resista ao “Macetando”. A gente maceta o apocalipse! Vou cantar uma música aqui, é o “Macetando” de Jesus, o apocalipse do amor” – retrucou.
Baby ainda teve tempo de gritar “Glória!”, antes de devolver o microfone do trio elétrico, que partiu com Ivete cantando: “É a Veveta que tá no comando, macetando, macetando…”

Cena 3
Na manhã desta quarta-feira, 14, quase fim da folia, a jornalista paulista Mônica Waldvogel, no comando do programa Globo News em Ponto, ao anunciar reportagem sobre o Arrastão da Quarta-Feira de Cinzas comandado por Bel Marques, Leo Santana e Carlinhos Brown, se confundiu com a definição da palavra “arrastão” e, ao vivo, comentou:

– Infelizmente teve arrastão por lá, né. Tem Carnaval, mas também não tem notícia boa…
A gafe da jornalista, que confundiu o evento que desde o final do século passado marca o encerramento do Carnaval de Salvador com a prática criminosa em que vários bandidos assaltam várias pessoas ao mesmo tempo, foi prontamente corrigida pelo jornalista Felipe Costa, da TV Bahia:
– Oi, Mônica. Olha, arrastão a gente conhece como coisa ruim, né? Mas aqui, hoje, é coisa boa. É o arrastão da Quarta-Feira de Cinzas. São vários trios elétricos, são vários artistas baianos, que se reúnem para arrastar uma multidão, do Farol da Barra até Ondina.

* * * * * * * *
Como se vê, o Carnaval é um tempo diferenciado. Nele, não há espaço para manobras eleitoreiras, proselitismos religiosos ou preconceitos de quaisquer tipos. São coisas que contrariam os ditames de Momo, o rei que comanda a folia.

Nesse Reinado da Alegria, somos todos iguais, fiéis súditos de um mesmo soberano, alegre e verdadeiro, cujas ordens prometemos seguir alegremente até o final da festa.
Tenham calma, calabresos!

José Carlos Teixeira
É jornalista, graduado em comunicação social pela Universidade Federal da Bahia e pós-graduado em marketing político, mídia, comportamento eleitoral e opinião pública pela Universidade Católica do Salvador

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