No dia 6 de Outubro acontece o primeiro turno das eleições municipais em todo país. Na Bahia são 417 cidades e na ocasião serão eleitos prefeitos e vereadores. O segundo turno, que poderá acontecer em Salvador, Feira de Santana e Vitória da Conquista, será em 27 de Outubro.
Nos bastidores, os vereadores fazem contas, observam as regras do jogo e tentam encontrar o partido mais viável.
O Informe Baiano apurou que o coeficiente eleitoral esse ano deverá ficar em torno de 32 mil votos. Já a média eleitoral deverá bater 25 mil votos. O que seria isso? Partindo desse pressuposto, o partido que adquirir 50 mil votos, por exemplo, poderá eleger dois vereadores, mas com algumas condições. Para adquirir a primeira cadeira, a chamada vaga direta, o candidato deverá ter pelo menos 10% do coeficiente. Já a segunda cadeira, eleita na média eleitoral, poderá ser conseguida na chamada vaga residual. Porém, o candidato para garantir a vaga residual deve ter no mínimo 20% do coeficiente. Nesse caso, acima de 6.400 votos.
Então, não há possibilidade nenhuma de um partido conseguir duas cadeiras com um dos candidatos tendo menos de 6.400 votos. Ou seja, se o partido tiver 50 mil votos, mas somente um candidato atingir 3.200 votos ou mais, só vai eleger um candidato. Nesse caso, um na vaga direta. Ratifico: só é possível eleger candidato com menos de 6.400 votos na vaga direta. Já o partido que fizer 100 mil votos já garante três vagas diretas, baseado no coeficiente. A depender, atinge a quarta vaga.
Mais uma vez, explico: o partido que fizer, por exemplo, 32 mil votos, pode eleger um candidato apenas na vaga direta. O nome com mais votos da legenda tem que ter, pelo menos, 10% dos votos do coeficiente, que seriam 3.200 votos. Essas questões não estão sendo discutidas no momento pelo TSE. O que está em discussão são as formas de gastos na campanha. A grande dificuldade dos partidos pequenos é a quantidade reduzida de candidatos. Antes eram 65 candidatos e agora são 44. Ou seja, uma considerável redução.
Salvador vai eleger 43 vereadores. A expectativa esse ano é que a renovação gire em torno de 30%. Os partidos mais fortes, aparentemente, são União Brasil, federação PSDB/Cidadania, federação PT/PCdoB/PV e PP.
O IB descobriu alguns potenciais candidatos e seus respectivos partidos. A lista ainda não está fechada e mudanças devem acontecer na janela eleitoral, que acontece entre 7 de março e 5 de abril. A lista abaixo traz o cenário de momento.
Bancada da Situação:
No União Brasil, partido do prefeito Bruno Reis e de ACM Neto, fala-se na vitória de 9 candidatos, mas o número real seria 7 ou 8. Os favoritos, não necessariamente nessa ordem, são: Duda Sanches, Kiki Bispo, Kátia Rodrigues, Anderson Ninho, Alberto Braga, Cláudio Tinoco, Palhinha, Lucas Moreno, Felipe Lucas, Paulo Magalhães, Sandro do MBL, Binho de Ganso e Marcelle Moraes.
Na federação PSDB/Cidadania, a expectativa é eleger 5 ou 6 nomes. Os favoritos são: Carlos Muniz, Tia Jove, Daniel Alves, Rodrigo Amaral, Sidninho, Carol dos Animais, Téo Sena, Cris Correia, Kel Torres, Isabela Sousa, Lourival Neto e Dudu Magalhães.
O PP pretende garantir 4 ou 5 cadeiras. Os favoritos são: Sandro Bahiense, Mauricio Trindade, Alexandre Aleluia, Gordinho da Favela, Repórter Jorge Araújo e Roberta Caires.
O PDT, da vice-prefeita Ana Paula Matos e de Léo Prates, deputado federal mais votado da capital, deverá garantir três cadeiras no máximo. As apostas principais são: Omar Gordilho, Zilton de Prates, Débora Santana, Sulivan Santos, Leandro Guerrilha e Tiago Queiroz.
Os bolsonaristas do PL querem garantir pelo menos três vagas, mas a realidade aponta para dois eleitos. Os favoritos seriam: Prisco, Cézar Leite, William Bolsonaro, Alexandre Moreira, Lorena Brandão e Humberto Sturaro. Nos bastidores comenta-se ainda que Soldado Correia poderá ser candidato pela legenda, mas integrantes desconhecem. O IB não conseguiu falar com o policial influenciador.
No PRD, partido que traz o número 25 e é liderado pelo chefe de Gabinete da prefeitura Francisco Elde, há a expectativa da conquista de três vagas. Os favoritos são: Kenio da Universal, Pastor Isnard, Fábio Souza, José Antônio, Hermano de BR e Beca.
No DC, partido co-irmão do PRD na capital e dirigido por Igor Dominguez, o trabalho também é para garantir três cadeiras. Porém, o DC não tem a vantagem do número, o que deverá resultar em menos votos de legenda. O vereador Ricardo Almeida desponta como favorito e os candidatos na disputa por uma ou duas vagas seriam: Marcelo Maia, Sabá e Toinho Carolino.
O Republicanos enfrenta dificuldades para montar a ‘rabada’. Poucos nomes pretendem permanecer. Por isso, deve eleger dois ou três vereadores. Os favoritos são: Luiz Carlos, Ireuda Silva e Pastor Júlio.
A base do prefeito Bruno Reis deverá contar ainda com o partido Novo. Dois nomes despontam na briga por uma eventual vaga: Priscila Chammas e Jean Sacramento.
Atila do Congo, vereador atualmente no PRD, aposta na montagem do próprio partido, o PMB, que tem chances de garantir uma vaga.
Bancada da Oposição:
A federação PT, PCdoB e PV deverá eleger entre 4 a 5 vereadores. O nome mais forte é da vereadora Marta Rodrigues, irmã do governador Jerônimo. Os outros favoritos são: Suíca, André Fraga, Hélio Ferreira, Augusto Vasconcelos, Tiago Ferreira, Arnando Lessa, Ademario Costa e Aladilce.
O MDB trabalha por 4 vagas, mas a expectativa real é bem menor. O partido do vice-governador Geraldo Júnior deverá emplacar 2 vereadores na CMS. Os favoritos são: Davi Rios, Randerson Leal, Super Geraldo, ‘Padre’ Joceval e Nestor Neto.
Liderado em Salvador pelo deputado federal Antônio Brito, o PSD não tem tradição na capital, mas esse ano aparenta ter mais gás. Entre os favoritos para uma ou duas vagas estão: Tchaca Rondespiano, Edvaldo Brito ou Carlos Cléber e Pato Rouco. Cogita-se ainda o nome do suplente de vereador Alex Alemão.
O Podemos, antigo PTN, sempre foi um partido de chegada na capital, mas teve perdas significativas. A legenda luta para eleger um ou dois vereadores. Os favoritos são Joãozinho Bacelar, Gazo do Sindicato e Eliel Santana.
PSB, SD e PSOL deverão eleger um cada. No PSB, os principais nomes são Humberto Neto, Rodrigo Hita e Silvio Humberto. O SD traz na lista Adriano Meireles e Odiosvaldo Vigas como favoritos. Já o PSOL conta com Laina Crisóstomo, Marcos Mendes e Hamilton.
Agir, PMN e Avante tentam montar chapa, mas enfrentam dificuldades extremas. Não deverão conseguir eleger representantes em Salvador.
