Na última sexta-feira (1/03), na sede da Polícia Federal, em Brasília, os depoimentos de Marco Antônio Freire Gomes e Carlos Baptista Júnior teriam complicado ainda mais a situação do ex-presidente da República, Jair Bolsonaro, investigado por suposta participação em tentativa de golpe de Estado.
De acordo com Freire Gomes, Bolsonaro tratava as reuniões ministeriais como chamada “minuta do golpe”, documento que seria o esboço de um decreto por meio do qual o ex-presidente tentaria interferir no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e reverter o resultado da eleição de 2022 que resultou a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
No início de fevereiro, a PF deflagrou a Operação Tempus Veritatis, que investiga a existência de uma organização criminosa que teria atuado em uma tentativa de golpe de Estado e abolição do Estado Democrático de Direito.
Na ocasião, foram cumpridos 33 mandados de busca e apreensão, quatro de prisão preventiva e 48 medidas cautelares diversas da prisão, que incluíram a proibição de manter contato com os demais investigados e de se ausentarem do país, com entrega dos passaportes no prazo de 24 horas e suspensão do exercício de funções públicas.
Entre os alvos da operação, está o Presidente do PL, Valdemar Costa Neto, após fica preso durante três dias. Também estão incluídos na lista o general da reserva Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), o ex-ministro da Justiça Anderson Torres, o general da reserva e ex-ministro da Defesa e da Casa Civil, Walter Braga Netto, entre outros investigados.