A presidente Dilma Rousseff teria admitido a assessores mais próximos que seu afastamento temporário é “inevitável” e decidiu traçar uma agenda para “defender seu mandato”. Ela quer impedir que o vice Michel Temer “se aproprie” de projetos e medidas de seu governo. A reportagem publicada pelo Folha de S. Paulo diz que a estratégia tem o objetivo de manter a mobilização da base social do PT e reproduzir o discurso de que Dilma foi “vitima de um golpe”.
A reportagem afirma ainda que a ordem, “é limpar as gavetas”. A presidente pediu à sua equipe para “apressar” tudo que estiver “pronto ou perto de ficar pronto” para ser anunciado antes de o Senado aprovar a admissibilidade do processo de seu impeachment.
A votação no Senado deve acontecer em 11 de maio e com isso, Dilma se afasta por 180 dias. Neste ritmo de reta final, auxiliares da presidente defendem a ideia de que ela precisa sair do “imobilismo” e tentar mostrar que ainda tem algum apoio social.
Dilma estuda ainda ir a São Paulo para evento das centrais sindicais no Dia do Trabalho, em 1º de Maio. Outra agenda positiva seria a cerimônia da tocha olímpica, marcada para a próxima semana.