Um vídeo que viralizou nas redes sociais mostra um trabalhador rural sem terra ameaçando mat@r um servidor federal do Instituto Nacional de Colonização e Reformas Agrária (Incra). O caso aconteceu dentro da superintendência do órgão, em Alagoas. O superintendente Junior Rodrigues do Nascimento presenciou a ação.
O assentado Gilvan Emidio da Silva começa a se exaltar enquanto toma um café. “Estão brincando com a verdade”, repete o sem-terra. “Por que não me matar@m antes?”, pergunta. O caso foi divulgado inicialmente pela coluna de Paulo Cappelli, do Metrópoles. A ocorrência foi no dia 14 de maio.
Ao perceber que está sendo filmado, o homem fica mais irritado. “É pra filmar mesmo. Eu não tenho medo não”, grita. “O que eu tô falando, eu não tenho medo de fazer, não. Se eu for bandid0 igual a você, eu mat0 você aqui dentro. Eu mat0 você aqui dentro”, esbraveja Emidio.
“Eu sou um homem, não sou bandid0, não. Estão querendo me tornar bandid0 aqui dentro. Quer que eu entre na gangue? Qual é a que você quer? PCC? Comando Vermelho? Qual é a que você quer? Seu idiota! Seu idiota! Seu merda!”, continua.
O Incra acionou a Polícia Militar, a Polícia Federal e o Ministério Público Federal (MPF) e entregou a gravação. O órgão informou que vem trabalhando, com a Advogacia Geral da União (AGU), nas medidas judiciais a serem adotadas.
Em nota divulgada sobre o caso, o Incra em Alagoas alegou que o agricultor “é recorrente em atos de perturbação da ordem pública e tem causado prejuízos às atividades do Incra, sempre se utilizando de agressões e ameaças”.
“A Superintendência do Incra, por meio de seu superintendente Júnior Rodrigues, repudia com veemência tal conduta afrontosa e criminos@ contra um servidor da autarquia. Esse crime foi contra todos os servidores do Incra, que trabalham pelo bem comum, pela justiça social e pela reforma agrária”, pontua.
“Tais atitudes jamais serão toleradas, pois não se pode admitir que condutas semelhantes sejam tidas como normais. A partir de todas as medidas já em andamento, o agressor será punido conforme a lei”, finaliza a nota.
