Em 2022, o Censo Demográfico visitou um total de 8.528.506 endereços na Bahia, o 4º maior número de todo o Brasil. Porém, um fato chamou a atenção: a Bahia é também o estado com o maior número de endereços localizados em logradouros que não tinham nome, 314.489. As ruas, avenidas, travessas, estradas, etc, costumam ser nomeadas apenas com letras.
Conforme o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), O nome mais frequente de logradouro na Bahia era “A” (por exemplo, “rua A” ou “travessa A”), onde estavam 37.438 endereços (0,4% do total). Em segundo lugar, vinha a denominação “B” (como em “rua B”), logradouro de 34.978 endereços no estado (0,4% do total). Ambos os nomes são muito comuns em áreas de expansão urbana, que estão sendo criadas ou crescendo, por vezes até são nomes provisórios.
A Bahia também tem o maior número de logradouros chamados “Santo Antônio” no país, citado em 29.778 endereços, que representavam 0,3% do total baiano, sendo o terceiro nome de logradouro mais comum no estado. Os endereços em logradouros sem nome representavam 3,7% do total nesse estado, participação que era maior do que média a nacional.
No Brasil como um todo, nos endereços em que o logradouro tinha nome, o mais frequente era “Principal”, seguido de “Santo Antônio” e “São José” em terceiro.
Além disso, a Bahia também tinha o segundo maior total de endereços sem número, no país. Em cada 10 endereços baianos, 3 não tinham o número, em 2022: cerca de 28,6% do total ou 2.439.274 lares. O total de endereços sem número na Bahia só era menor do que o registrado em Goiás (2.461.808 ou 65,0% do total).
O gerente do Cadastro Nacional de Endereços para Fins Estatísticos (CNEFE), Eduardo Baptista, ressalta que o endereço é também um indicador de cidadania. “Isso significa que a pessoa que vive em um endereço sem número ou em uma rua ou avenida sem denominação está sofrendo algum tipo de déficit na sua cidadania, pela não formalização daquele endereço ou logradouro pelo poder público municipal”, afirma.
Outro dado observado na Bahia, é que apenas 8,3% dos domicílios particulares (573 mil) estão em arranjos condominiais, fossem eles edifícios, condomínios de apartamentos ou de casas. Aqui, predominavam os condomínios com menos residências: Quase 4 em cada 10 arranjos condominiais no estado (36,1% ou 206.699) tinham entre 6 e 20 domicílios. Já no Brasil como um todo, os condomínios maiores, com mais de 100 domicílios, eram os mais representativos (35,8% do total ou 4.757.950).