Com apenas um voto contrário e duas abstenções, os professores da Universidade Federal da Bahia (Ufba) decidiram por encerrar a greve que durou quase 60 dias, em assembleia realizada na reitoria da instituição, no bairro do Canela, em Salvador, nesta quarta-feira (26/5).
A greve na instituição federal começou em 29 de abril e, desde então, os professores realizaram reuniões para votar sobre a adesão ou o encerramento da paralisação. O calendário pedagógico e a data de retorno às aulas ainda serão definidos pelo Sindicato de Professores da Ufba (Apub).
Após quase dois meses de atividades paralisadas, a categoria lutava pela reestruturação da carreira, recomposição salarial, reestruturação das carreiras do Magistério Superior e do Ensino Básico, Técnico e Tecnológico (EBTT), e recomposição orçamentária das Instituições Federais de Ensino Superior (IFES).
Em meio a contrapropostas e negociações, a proposta de reajuste apresentada pelo governo Lula e aceita pelos educadores inclui aumento no auxílio alimentação de R$ 658 para R$ 1.000; reajuste salarial de 9% para 2025 e 3,5% para 2026, além de outras melhorias na carreira.
ENCERRAMENTO GERAL
Na última semana, universidades federais começaram a indicar o término da paralisação unificada em defesa da reestruturação da carreira e recomposição salarial. Das 62 universidades federais em greve, pelo menos 37 já votaram a favor da assinatura do acordo proposto pelo Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) e pelo Ministério da Educação (MEC).
Segundo o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN), o fim da greve teve início na segunda-feira (24/6), devendo ser totalmente consolidado até 3 de julho.