O advogado criminalista Marinho Soares, um dos alvos da segunda fase da Operação Cianose, deflagrada nesta quinta-feira (01/08), usou as redes sociais para mostrar o momento em que a Polícia Federal esteve em sua residência e questionou a motivação da ação contra ele.
Como explicou Marinho, a ação foi motivada por ele atuar como advogado de um dos investigados na operação, que investiga empresários e advogados envolvidos na compra de respiradores na época da pandemia de Covid-19.
“Criminalizar a advocacia é um golpe fatal no estado democrático de direito”, disse ele. “Estou sendo alvo de mandato de busca e apreensão por ter recebido dinheiro de um cliente que defendo. Será que foram também na padaria em que ele compra pão ou no posto em que ele abastece o carro?”, questionou Marinho.
A operação é realizada sob o objetivo de recuperar os valores desviados na aquisição de respiradores pelo Consórcio Interestadual de Desenvolvimento Sustentável do Nordeste (Consórcio Nordeste). Policiais federais cumprem 34 mandados de busca e apreensão e medidas judiciais de sequestro de bens, expedidos pela Justiça Federal da Bahia, nos estados da Bahia, Paraná, Rio de Janeiro e São Paulo.
Os delitos investigados incluem crimes licitatórios, desvio de recursos públicos, lavagem de capitais e organização criminosa.