A desembargadora Luislinda Valois, primeira juíza negra do Brasil e que é adepta do Candomblé, discordou de algumas lideranças das religiões de matriz africana e afirmou em entrevista exclusiva ao Informe Baiano que é a favor do nome dado pela Polícia Federal a 23ª fase da Operação Lava-Jato batizada de Acarajé: “A revolta tem que ser para com os corruptos que usavam o nosso amado e respeitado Acarajé para dar nome à propina arrecadada. O nosso respeitado Acarajé é forte e em sendo forte em muito por certo , ajudará a desvendar a corrupção instalada no nosso Brasil. Iansã está à frente e na frente de tudo isso”, afirmou.
Louislinda ainda convidou o povo do Axé a refletir sobre o tema: “É o povo candomblecista oferecendo seu potencial para desvendar um crime tão hediondo que quase destruiu o Brasil”, criticou. Para finalizar, ela enviou um recado: “Irmãos negros com o acarajé de Iansã chegamos a Lava-jato não como delinquentes, mas com a ajuda de nossos orixás para punir a quem tanto mal causou a nós pretos, pobres , periféricos e candomblecistas. Punição já para os ladrões do dinheiro da saúde, educação, moradia, segurança pública, etc”, disse.