O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro e a Polícia Federal realizam nesta terça-feira (8) uma operação contra crimes licitatórios e contra a ordem tributária cometidos em Campos dos Goytacazes, no Norte Fluminense. Um mandado de busca e apreensão foi cumprido na casa dos ex-governadores do Rio Anthony e Rosinha Garotinho, em Campos. Os contratos investigados na Operação “Caça-Fantasma” foram assinados por Rosinha na época em que ela era prefeita da cidade.
Ao todo estão sendo cumpridos quatro mandados de prisão e 32 de busca e apreensão na capital, em Duque de Caxias e em Campos. Fernando Trabach Gomes, que é apontado como líder da organização, foi preso na noite desta segunda-feira (7), com a esposa no aeroporto Internacional do Rio de Janeiro. O empresário é suspeito de organização criminosa, falsidade ideológica, lavagem de dinheiro e sonegação fiscal. Os mandados foram expedidos pela 3ª Vara Criminal de Duque de Caxias.
O objetivo é apreender contratos e documentos relacionados a, pelo menos, 21 sociedades empresariais constituídas com “laranjas” e “fantasma”. O esquema incluía a locação de ambulâncias por valores que atingiram R$ 17,3 milhões. Segundo o Ministério Público, essa contratação gerou uma ação civil pública por improbidade administrativa contra Rosinha Garotinho.
Por meio da assessoria, os ex-governadores Anthony e Rosinha Garotinho afirmaram que nenhum dos dois está entre os denunciados da operação. Portanto, afirmaram, não sendo partes no processo, consideram uma perseguição política o mandato de busca e apreensão à sua casa, já que, à época dos fatos, a então prefeita Rosinha tomou todas as medidas cabíveis: rescindiu o contrato com a empresa denunciada e reteve recursos que ela tinha receber.
Ainda segundo a nota do casal Garotinho, os servidores do MP, depois de realizar as diligências na casa deles em Campos, constataram que não havia “nenhum tipo de documento especificado no competente mandado de busca e apreensão relacionado ao rol de empresas investigadas”.
Em entrevista à Globonews, o promotor Claudio Calo explicou como funcionava o esquema criminoso. “Com essa pessoa fictíca, ele (Fernando Trabach Gomes) passou a participar de licitações em diversos municípios do estado do Rio, inclusive na prefeitura de Campos, com a locação de ambulâncias”, afirmou.
*G1