Vereadores de Caculé apresentaram uma denúncia contra a administração municipal e um suposto esquema de cobrança de propina para a liberação de pagamentos de serviços prestados à Prefeitura.
Vídeos divulgados pelo canal Sertão em Dia mostram o empresário Davi Ferreira Souza, proprietário da empresa L&M Serviços de Limpeza Ltda, conhecida como Lig Lixo, afirmando que foi forçado a pagar propina para que seus pagamentos fossem liberadas pela Prefeitura de Caculé.
Segundo Davi, o esquema envolve o pagamento mensal de R$ 70 mil, aproximadamente 25% do valor do contrato mensal firmado com o município, como condição para que os serviços de limpeza pública sejam quitados pela Prefeitura.
Os vídeos, gravados em momentos diferentes, mostram o empresário em frente ao mercadinho Cruzeiro, de propriedade de Paulo Dias da Silva, sobrinho do prefeito Pedro Dias. Em uma das gravações, Davi aparece com um envelope cheio de dinheiro, aguardando em seu veículo antes de se dirigir ao mercadinho, onde, segundo ele, o pagamento da propina seria efetuado.
Paulo Dias da Silva seria homem de confiança do prefeito Pedro Dias, mas não ocupa o cargo de secretário. O secretário nomeado é Stefano da Silva Rio, genro de Paulo Dias.
Na denúncia, os vereadores destacam a gravidade dos fatos e solicitam uma intervenção urgente do Ministério Público para investigar e punir os envolvidos. A prática denunciada configura possíveis crimes de corrupção passiva e ativa, além de crime de responsabilidade e improbidade administrativa, conforme previsto no Código Penal e na Lei de Improbidade Administrativa. O Informe Baiano tentou contato com a prefeitura de Caculé, mas não obteve êxito. O espaço está aberto para eventual manifestação.
