O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) justificou à cúpula do Partido dos Trabalhadores sua ausência em diversos comícios nas eleições municipais de 2024, citando cansaço e preocupações com a logística de segurança. A decisão frustrou expectativas internas, já que a participação ativa de Lula era vista como fundamental para impulsionar candidaturas petistas nas capitais.
Em reuniões com seus aliados, Lula explicou que, devido à legislação eleitoral, precisaria participar dos eventos fora do horário de trabalho, o que tornaria a agenda ainda mais desgastante. Além disso, o partido teria que custear as viagens do presidente, uma vez que o uso de recursos públicos em campanhas eleitorais é proibido.
Apesar da ausência em grande parte dos eventos, Lula ainda planeja marcar presença em São Paulo antes do primeiro turno, no dia 29 de setembro. A prioridade do presidente é garantir a vitória de Guilherme Boulos (PSOL) à prefeitura da capital paulista, com quem o PT firmou aliança, destinando R$ 30 milhões para sua campanha. A chapa de Boulos conta com Marta Suplicy (PT) como vice, reforçando a união entre as legendas de esquerda.