O bilionário Lee Jae-yong, herdeiro da Samsung, foi codenado a cinco anos de prisão nesta sexta-feira, em Seul, na Coreia do Sul. Vice-presidente da empresa de eletrônicos, ele foi considerado culpado por crimes como corrupção, desfalque, ocultação de recursos no exterior e lavagem de dinheiro. As acusações fazem parte do escândalo que resultou na destituição da ex-presidente sul-coreana Park Geun-Hye.
A condenação de Lee Jae-Yong poderia deixar a Samsung sem comando por alguns anos e afetar a tomada de decisões importantes para o desenvolvimento da empresa. A pena de Lee foi menor do que a pedida pela promotoria, que estabeleceu o período de 12 anos de reclusão.
Em sua sentença, Lee foi declarado culpado por suborno, desvio de fundos, fuga de capitais e perjúrio, acusações relacionadas com o pagamento ou a promessa de pagamento de 43 bilhões de wons (38 milhões de dólares) à melhor amiga de Park, Choi Soon-Sil, atualmente detida.
O tribunal considerou que o pagamento tinha como objetivo obter o apoio do governo a uma fusão de duas filiais da Samsung em 2015, uma transação considerada crucial para a transferência de poder na empresa a Lee após o problema cardíaco sofrido por seu pai em 2014.
A defesa do vice-presidente da empresa negou as acusações, alegando que Park pressionou a Samsung, que fez as doações sob coação e que Lee não estava a par dos pagamentos e nunca os aprovou.
Outros quatro executivos da Samsung também foram declarados culpados e condenados a penas de até quatro anos de prisão. Os advogados de Lee anunciaram que pretendem apelar contra a sentença.