O ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), admitiu ter uma “inimizade capital” com Gilmar Mendes. Em entrevista à Rádio Guaíba, de Porto Alegre, Marco Aurélio disse que, se estivessem no século 18, os dois partiriam para um duelo de vida ou morte. “Em relação a mim, ele passou de todos os limites imagináveis. Caso estivéssemos no século 18, o embate acabaria em duelo, e eu escolheria uma arma de fogo, não uma arma branca”, afirmou.
Ainda na entrevista, o ministro preferiu não comentar a declaração de Gilmar sobre o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, a quem chamou de “delinquente”. “Eu não me pronuncio, não sou censor do ministro Gilmar Mendes”, esquivou-se.
Em maio, Gilmar não mediu palavras ao atacar Marco Aurélio. O ministro se referiu ao colega como “velhaco” e como uma personalidade da vida pública que nunca foi “grande coisa do ponto de vista ético, moral e intelectual”.
Ainda na entrevista à Guaíba, Marco Aurélio defendeu a necessidade de ministros se declararem impedidos para o julgamento de determinados casos, como na ocasião em que o ministro Alexandre de Moraes atuou sobre peça referente a Michel Temer, de quem foi ministro da Justiça outra estocada no desafeto, que foi cobrado no episódio de Jacob Barata Filho.