A Justiça Eleitoral da Bahia decidiu que a ex-prefeita de Ibititá, Nilva Barreto dos Santos, conhecida como Nilvinha, está inelegível por 8 anos e teve sua candidatura para as eleições de 2024 cancelada. Todos os votos dados a ela serão anulados.
A decisão foi tomada nesta terça-feira (08/04) pelo juiz João Paulo da Silva Bezerra, da 104ª Zona Eleitoral, em Lapão. O motivo foi o uso da máquina pública para favorecer sua campanha, quando ela ainda era prefeita e tentava a reeleição.
A denúncia foi feita pela vereadora Cris Dourado, com apoio do então candidato Afonso Mendonça. Depois que Afonso venceu a eleição, tentou retirar a denúncia, mas o Ministério Público Eleitoral continuou o processo por conta da gravidade do caso.
Segundo a acusação, Nilvinha contratou muitas pessoas por meio de uma empresa terceirizada, aumentando os gastos da prefeitura em R$ 7 milhões entre abril e setembro de 2024. Várias testemunhas disseram que essas contratações estavam ligadas ao apoio político, e que houve perseguição e demissão de quem não apoiava a prefeita.
O juiz entendeu que houve abuso de poder político e econômico, o que prejudicou a igualdade entre os candidatos. Por isso, além de cassar a candidatura de Nilvinha, também anulou o registro do seu vice, Raul Bastos Machado Neto — mas só ela ficou inelegível.
Com essa decisão, os votos para o número 70, de Nilvinha, serão cancelados. Moradores de Ibititá reclamaram que a decisão foi tardia e que ela não deveria nem ter concorrido. Até agora, Nilvinha não comentou o assunto.