Uma ligação clandestina, conhecida popularmente como “gato de água” foi identificada e removida pela Embasa (Empresa Baiana de Águas e Saneamento), em um lava a jato no bairro de Nazaré, em Jacobina. Com o “gato”, o estabelecimento desviava cerca de 70 mil litros de água por mês.
Segundo a Embasa, a tubulação clandestina, localizada na terça-feira (23/04), estava conectada diretamente à linha distribuidora de água tratada, comprometendo o fornecimento regular para consumidores com ligações legais. A descoberta do furto de água levou à abertura de um boletim de ocorrência, encaminhado à 16ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (Coorpin). O delegado territorial de Jacobina, Cléber Azevedo, esteve no local e deu início à investigação policial.
Na quarta-feira (24), peritos da Polícia Técnica recolheram provas no estabelecimento para compor o inquérito. O responsável pelo lava-jato poderá responder pelo crime de furto de água, previsto no artigo 155 do Código Penal Brasileiro, cuja pena pode chegar a quatro anos de reclusão ou pagamento de multa, dependendo da tipificação do delito.
O gerente do Escritório Local da Embasa em Jacobina, Vicente Garcia, explicou como foi possível identificar a irregularidade. “Esse lava a jato não tem ligação de água registrada na Embasa e, como constatamos que a água utilizada na lavagem dos veículos tinha resíduo de cloro, chegamos à conclusão que essa água era retirada da rede de abastecimento, ou seja, era retirada dos clientes que têm ligação regular com a Embasa e, geralmente, sofrem com intermitência no abastecimento provocada por quedas de pressão na rede”, afirmou.