O final de semana foi marcado por transtornos e revolta de passageiros que precisaram trafegar pela BR-101, no trecho afetado pelo fechamento da ponte sobre o Rio Jequitinhonha, no extremo sul da Bahia. O desvio improvisado, única rota disponível, transformou a viagem em um verdadeiro pesadelo, com lama, atolamentos, falta de sinalização e filas quilométricas.
Passageiros da Viação Águia Branca relataram que ficaram mais de 12 horas presos em ônibus sem água, assistência ou qualquer previsão de liberação do caminho. “Estamos no meio do nada, sem informação, é um descaso total”, desabafou um dos viajantes em um vídeo enviado ao Informe Baiano. Entre os afetados, estavam crianças, idosos e famílias inteiras que seguiam para cidades como Teixeira de Freitas, Eunápolis e Porto Seguro.
No sábado (17/05), o superintendente do DNIT na Bahia, Roberto Alcântara, confirmou que a ponte antiga será substituída. O projeto para construção de uma nova estrutura, já prevendo a futura duplicação da rodovia, deve ser contratado nos próximos 30 dias. A estimativa mínima de conclusão é de um ano.
Até lá, moradores e turistas continuam dependentes de uma rota alternativa precária e perigosa. Enquanto isso, cresce a pressão por uma resposta mais ágil do governo federal, do governo da Bahia e da própria empresa Águia Branca, criticada por não oferecer suporte logístico adequado diante da crise.