Permissionários do Mercado do Ogunjá, em Salvador, realizaram um protesto nesta sexta-feira (30/05) em frente à unidade da Cesta do Povo. Eles se manifestaram contra a interdição, sem aviso prévio, da área livre do mercado, determinada por risco iminente de colapso estrutural.
Segundo os comerciantes, a interdição foi comunicada pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE) do Governo da Bahia apenas um dia antes de entrar em vigor, sem tempo hábil para a retirada de mercadorias ou planejamento. Muitos relataram prejuízos de até R$ 20 mil em produtos que ficaram retidos no local, principalmente itens adquiridos para o período junino.
“Fomos pegos de surpresa. Só avisaram que ia interditar, mas não apresentaram nenhum laudo técnico. Temos mais de R$ 5 mil em mercadorias e investimentos que passam de R$ 100 mil. Que ditadura é essa?”, desabafou um feirante que atua há mais de 30 anos no local.
A medida foi tomada com base em despacho técnico assinado por Vera Lúcia Gibaut dos Santos, Diretora de Edificação, após inspeções constatarem graves danos estruturais. Entre os problemas identificados estão pilares metálicos corroídos, recalques nas fundações e risco de colapso da cobertura.
Por meio de nota, a SDE informou que a decisão foi tomada após receber uma recomendação de fechamento do mercado da Superintendência de Patrimônio (Supat), vinculada à Secretaria da Administração (Saeb), na noite de quarta (28/05).
Diante das informações sinalizadas pelo órgão, a SDE detalhou que foi necessária a interdição imediata do local, com o objetivo de evitar riscos a quem transita pelo mercado. Conforme a pasta, 41 permissionários atuam no local.