O Podemos deverá desistir da fusão com o PSDB ainda esse mês. A decisão ocorre em meio a divergências internas e à percepção de que o tucanato já não tem mais o peso político que justificaria a união.
De acordo com fontes ouvidas pelo Informe Baiano, o Podemos considera que o PSDB está muito pequeno para o tamanho da exigência, especialmente após a saída dos governadores Eduardo Leite (RS) e Raquel Lyra (PE).
Um dos principais impasses está na Bahia, onde o PSDB quer que o deputado federal Adolfo Viana comande a grupo, o que é rejeitado pela executiva nacional do Podemos.
Atualmente, o Podemos baiano é representado pelo deputado federal Raimundo Costa e deverá contar, em breve, com a adesão do também deputado Bacelar, hoje no PV. O partido comandado por Renata Abreu ainda não marcou convenção para deliberar sobre a fusão e, segundo apurado, nenhum membro da executiva participou do evento do PSDB, que aprovou a incorporação do Podemos ao partido.
Um dirigente do Podemos, próximo de Renata Abreu, revelou ao IB que o entusiasmo maior vinha de nomes como Aécio Neves, que busca sobrevivência política em Minas Gerais, e Adolfo Viana, que estaria reticente em montar uma chapa robusta na Bahia.
“O Podemos não tem mais interesse. A expectativa é eleger entre 25 e 30 deputados federais no ano que vem. Na Bahia, por exemplo, já temos dois nomes encaminhados e podemos fazer o terceiro”, afirmou a fonte.