A Polícia Civil do Paraná afirma que o assassinato da miss baiana Raíssa Suellen Ferreira, de 23 anos, foi premeditado. A versão do humorista Marcelo Alves, que confessou o crime alegando ter se descontrolado após ser rejeitado pela jovem, foi refutada pela delegada Aline Manzatto, responsável pelo caso.
“A gente vê uma premeditação”, afirmou Manzatto durante coletiva de imprensa nesta terça-feira (10). De acordo com ela, provas colhidas durante a investigação indicam que Marcelo já tinha a intenção de matar Raíssa e ocultar o corpo.
As lesões no corpo da vítima também não são compatíveis com a versão apresentada pelo acusado. “Principalmente as lesões no pescoço e clavícula. Houve possivelmente uma situação de esganadura. Ele a esgana com as mãos, talvez tenha prensado o corpo dela ali e, depois, passou uma sacola, também asfixiando a vítima. Essa sacola foi encontrada com o corpo”, detalhou a delegada.
Outro ponto que reforça a hipótese de premeditação é a tentativa de ocultação do cadáver. Marcelo alegou ter utilizado ferramentas de trabalho para embalar o corpo da jovem, mas, segundo Manzatto, nada foi encontrado em sua casa. “Isso quebra a versão do acusado de que tudo aconteceu por acaso”, declarou.
Ainda de acordo com a delegada, o médico legista que examinou o corpo informou, de maneira preliminar, que Raíssa não foi morta por estrangulamento com uma abraçadeira plástica — o “enforca gato” citado por Marcelo em depoimento. “O laudo oficial ainda não foi concluído, mas o legista praticamente descartou essa versão”, disse.