Foi sepultado neste domingo (22) o corpo de Widian Fernandes Moraes, de 31 anos, motoboy e ex-rifeiro que estava desaparecido desde o último domingo (16), em Salvador. O enterro foi marcado por forte comoção e pedidos de justiça por parte de familiares e amigos, que ainda buscam respostas sobre as circunstâncias da morte.
O corpo de Widian foi encontrado na tarde de sexta-feira (20), na Ilha de Vera Cruz, no Litoral Norte, em avançado estado de decomposição. Segundo a Polícia Civil, as roupas estavam compatíveis com as que ele usava no dia do desaparecimento. A identificação formal será confirmada por exames periciais realizados pelo Departamento de Polícia Técnica (DPT).
“Cadê as imagens?”
Segundo apuração do Informe Baiano, a irmã da vítima esteve no sábado (21) em Mar Grande para resolver o traslado do corpo. Segundo ela, a polícia informou inicialmente que não havia sinais de violência, apontando possível afogamento. A família, no entanto, contesta a versão.
“Se ele pulou do ferry, por que ninguém acionou os bombeiros? Cadê as imagens?”, questiona a família, que pretende acionar a Justiça. Segundo relatos, a última informação recebida por eles foi de que Widian teria embarcado no ferry-boat em direção à Ilha, mas a concessionária responsável pelo sistema ainda não disponibilizou as imagens da travessia.
A Internacional Travessias Salvador, por meio de nota, afirmou que “atende a todas as demandas encaminhadas pelas polícias no curso das investigações” e que, por obrigação legal, só repassa imagens aos órgãos competentes.
Desaparecimento
Widian foi visto pela última vez no início da tarde de segunda-feira (16), quando saiu de Cosme de Farias, em Salvador, com destino ao bairro de Pernambués. Ele chegou a ser flagrado em uma bomboniere, onde trocou dinheiro. Depois disso, não foi mais visto.
Familiares registraram boletim de ocorrência na sede da Polícia Civil em Itapuã e iniciaram mobilizações em busca de respostas. Na quarta-feira (19), manifestantes fecharam a Avenida Bonocô em protesto, cobrando agilidade na investigação. Um novo protesto ocorreu na sexta (20), no terminal de São Joaquim, pedindo acesso às imagens do ferry.