Uma operação conjunta das polícias civis de Rondônia e do Paraná desarticulou, nesta terça-feira (24), um esquema milionário de fraudes bancárias contra jogadores de futebol e uma instituição financeira. A ação foi batizada de Operação Falso 9.
Entre as vítimas estão atletas da Série A do Brasileirão, como Gabriel Barbosa, o Gabigol, atualmente no Cruzeiro, e Walter Kannemann, do Grêmio. O grupo criminoso usava dados dos jogadores para abrir contas bancárias falsas e solicitar a portabilidade dos salários. Depois, sacava ou transferia os valores para outras contas, dificultando o rastreamento.
Foram cumpridos 33 mandados judiciais em cinco estados, com sete pessoas presas e R$ 800 mil apreendidos em dinheiro vivo. A polícia também encontrou celulares, maquininhas de cartão e uma arma de fogo.
As investigações começaram em janeiro, após o setor antifraude de uma instituição financeira identificar irregularidades. Ao todo, o prejuízo passa de R$ 1 milhão. A instituição ressarciu os atletas lesados.
A operação envolveu mais de 100 policiais e contou com apoio das polícias civis do Amazonas e do Mato Grosso. Os investigados podem responder por estelionato eletrônico, falsa identidade, uso de documento falso, lavagem de dinheiro e organização criminosa. As penas somadas podem ultrapassar 30 anos de prisão.
O nome Falso 9 faz referência à posição tática no futebol marcada por movimentos inesperados e dissimulação — uma analogia ao modo de agir dos fraudadores.