Funcionários do Hospital Municipal de Casa Nova, no norte da Bahia, denunciaram uma série de problemas graves enfrentados pela unidade de saúde, que colocam em risco tanto os profissionais quanto os pacientes. As queixas recaem sobre a gestão do prefeito Anísio Viana e da secretária de Saúde, Bruna Ramos.
Em vídeo que circula nas redes sociais, os trabalhadores revelam que, há cinco meses, estão sendo obrigados a lavar manualmente materiais hospitalares contaminados com sangue e fezes, após a quebra da máquina de lavar da unidade. O problema se agravou pela ausência de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), expondo os funcionários a sérios riscos biológicos.
“Somos obrigados a lavar materiais contaminados, como sangue e fezes, manualmente”, afirma uma das funcionárias, que preferiu não se identificar. Segundo ela, a situação é insustentável e o risco de contaminação no hospital ultrapassa os 80%. A denúncia aponta ainda que os servidores também estão realizando a limpeza das dependências do hospital sem os EPIs adequados, comprometendo a higiene do local.
A atual crise evidencia um cenário de abandono que já vinha sendo denunciado anteriormente. Em abril deste ano, pacientes relataram outros problemas estruturais no hospital, como a má qualidade da alimentação, coleta irregular de lixo, falta de água potável e ausência de médicos na unidade.
Além do risco à saúde dos trabalhadores, a falta de esterilização adequada pode favorecer a proliferação de infecções hospitalares, afetando diretamente os pacientes internados e os que utilizam os serviços da unidade.
