Em nota enviada a redação do Informe Baiano, a Secretaria da Segurança Pública disse que já “determinou que a Corregedoria da Polícia Militar apure com rigor o caso denunciado por jornalistas do site Informe Baiano, sobre agressões cometidas por PMs da 50 CIPM”.
A pasta ressaltou ainda que “a imprensa é fundamental para a sociedade democrática e que deve ser respeitada”.
Os repórteres Ramon Margiolle e Carlos Júnior foram agredidos por dois policiais da 50ª CIPM comandados pelo tenente Jardel, na noite de quarta (11), por volta das 19h30, no bairro Paralela Park. Os profissionais de imprensa estavam passando na rua Eixo I e perceberam um rapaz caído ao solo, que havia sido baleado. De imediato, foi comunicada a tentativa de homicídio ao Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu) e também a Polícia Militar. Em seguida, foi iniciada a cobertura do crime, que evoluiu para a morte do motociclista Lyuan Cardoso Rabelo, de 20 anos. Lyuan recebeu pelo menos quatro tiros.
O articulista e advogado Plácido Faria, que acompanhou as vítimas até a Corregedoria da PM junto com a advogada Janine Souza, afirmou que “o referido órgão deve apurar o motivo da agressão”.
“Não existe crime sem motivo. O crime é o adjetivo do crime, segundo o grande Nelson Hungria. Tudo leva a crer que eles estavam agindo dessa forma para proteger alguém. Agiram com aparente despropósito ou então agiram com abuso de poder revivendo os tempos do arbítrio. Não foram apenas agredidos os cidadãos Ramon e Carlos e sim a liberdade de exercício profissional de toda a imprensa baiana. Medidas serão tomadas na justiça penal para que os mesmos não só respondam administrativamente”, afirmou.
Um vídeo publicado no Facebook mostra o momento em que a confusão foi iniciada por um policial, que tenta obrigar o cinegrafista a apagar uma imagem. Até então, o trabalho da imprensa estava sendo realizado sem nenhum problema. Os dois profissionais foram agredidos com murros no rosto.
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