Em contato com o Informe Baiano na tarde desta quinta (12), o presidente da Assembléia Legislativa da Bahia (ALBA), deputado Angelo Coronel (PSD), lamentou a agressão sofrida na noite de quarta (11) pelos repórteres Ramon Margiolle e Carlos Júnior quando a equipe registrava um homicídio no bairro do Paralela Park, em Salvador. Policiais militares da 50 CIPM tentaram apagar gravações feitas pelos profissionais, que não aceitaram. Diante da recusa, os dois foram agredidos com socos.
Coronel disse que “abomina atitudes que queiram cercear a liberdade de imprensa”.
“Na democracia precisamos ter a imprensa livre e que registre os fatos como verdadeiros foram. Agressões a órgãos de imprensa nos leva aos tempos da ditadura militar, prática já sepultada no mundo moderno”, afirmou.
O presidente da ALBA cobrou ainda que “os fatos devem ser apurados para que os agressores possam ser reeducados
e pratiquem as suas reais funções, que é defender a sociedade e deixar a imprensa livre para divulgar a verdade”, finalizou.
O caso
Os repórteres Ramon Margiolle e Carlos Júnior foram agredidos por dois policiais da 50ª CIPM comandados pelo tenente Jardel, na noite de quarta (11), por volta das 19h30, no bairro Paralela Park. Os profissionais de imprensa estavam passando na rua Eixo I e perceberam um rapaz caído ao solo, que havia sido baleado. De imediato, foi comunicada a tentativa de homicídio ao Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu) e também a Polícia Militar. Em seguida, foi iniciada a cobertura do crime, que evoluiu para a morte do motociclista Lyuan Cardoso Rabelo, de 20 anos. Lyuan recebeu pelo menos quatro tiros.
Nota da SSP
A Secretaria da Segurança Pública determinou que a Corregedoria da Polícia Militar apure com rigor o caso denunciado por jornalistas do site Informe Baiano, sobre agressões cometidas por PMs da 50 CIPM. Ressalta que a imprensa é fundamental para a sociedade democrática e que deve ser respeitada.
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