Alexandre Hamada é um dos nomes que apareceram na lista de aprovados na primeira chamada da Fuvest nesta sexta-feira (2), o que pode ter surpreendido alguns concorrentes. O vestibular que seleciona para vagas de graduação na Universidade de São Paulo (USP) talvez seja a primeira opção de dezenas de alunos de Alexandre, que, aos 35 anos, e depois de 13 anos dando aulas em cursinho, decidiu mudar de carreira: durante o ano de 2017, ele alternou a posição em frente à lousa nas aulas de químicas que dá no Anglo Vestibulares desde 2007, em São Paulo, pelas carteiras nas salas de aula de seus colegas de outras disciplinas.
“Fiz cursinho no próprio Anglo”, contou ele ao G1. “Assistia às aulas de manhã, estudava à tarde e à noite. De vez em quando eu não assistia à aula para dar as minhas aulas.”
As aulas que Hamada assistiu no cursinho eram de outra turma, por isso ele diz que só encontrava seus próprios alunos durante os simulados. “Mas eu assistia às aulas dos meus colegas professores”, conta ele, que diz ter seguido os conselhos dos colegas sobre como se preparar para o vestibular. Além da aprovação na USP, ele também passou em medicina pelo vestibular misto da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), que usa a nota do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) como primeira fase.
Ele também atribui sua aprovação na primeira tentativa à maturidade e à segurança de já ter uma carreira consolidada. “Por já ter feito uma faculdade antes, e já estar acostumado a estudar em uma rotina mais puxada do que normalmente é o colégio, esse tipo de coisa acabou sendo mais fácil”, explicou Hamada.
*G1