O vereador Helio Ferreira (PCdoB) chamou de capenga o Plano de Mobilidade Urbana Sustentável, que foi enviado à Câmara Municipal, através do Projeto de Lei 79/2018, e foi votado na tarde desta quarta-feira (4).
Segundo o parlamentar, o texto não foi debatido com a cidade e as oito audiências sugeridas por ele não foram realizadas por falta de entendimento da Casa. “Esse plano precisaria ser mais discutido dentro da sociedade. Propus que tivesse mais oito Audiências Públicas, a fim de que a gente pudesse ouvir uma parte da cidade, mas infelizmente não houve consenso e o Plano chega nesse momento sem um debate mais profundo das necessidades de Salvador.”
Ele lembrou que os problemas apontados pela população durante os debates realizados em diferentes regiões, quando foram ouvidos representantes de diversos setores da sociedade, precisam ser solucionados.
“Nas cinco Audiências Públicas que fiz, através da Comissão de Transportes, foram apontados vários problemas nas comunidades como a desativação de linhas; a retirada de códigos das linhas; dificuldades com a fluidez do trânsito. E o plano deveria realmente corrigir todas essas situações. Nós precisamos de um plano em que o ônibus tenha uma qualidade e uma fluidez melhor do que o automóvel, com segurança, ar-condicionado, que sejam novos, com motores traseiros. Ônibus que tenham realmente qualidade de atendimento à população. Essa é a mobilidade que se precisa dentro de Salvador. Tem que ouvir as pessoas, assim como foram ouvidos os técnicos que participaram de algumas audiências temáticas e não foram aceitas nem essas opiniões. ”, repreendeu.
Presidente da Comissão de Transportes, Trânsito e Serviços Municipais da Casa, Helio destacou ainda que seu parecer contrário ao Projeto foi rejeitado por quatro membros do Colegiado.
Por fim, Helio criticou o modelo do BRT. “O que nós vemos hoje é projetos como o BRT, que não tem uma demanda para atender a população, que está no lugar errado. Deveria ser em outro local da cidade e não nesse lugar que está acontecendo em Salvador. Por isso, digo não ao BRT e não a este Plano de Mobilidade do jeito que está.”, finalizou.
