Exemplo de imagem responsiva Governo do Estado da Bahia
Informe Baiano
Exemplo de imagem responsiva Governo do Estado da Bahia

Liberdade orçamentária do próximo presidente pode cair a 2%

O próximo presidente da República perderá ano a ano recursos para pagar despesas de custeio da máquina pública e para fazer investimentos em infraestrutura e na área social – as chamadas despesas discricionárias, contratadas por decisão do governo e não exigidas por lei.

Atualmente, a margem fiscal é de 9% do Orçamento Federal e poderá chegar a 2% em 2021, conforme projeção do Ministério do Planejamento.

Segundo recente apresentação do ministro Esteves Colnago, em audiência pública na Câmara dos Deputados, a disponibilidade desses recursos cairá por causa da elevação das despesas obrigatórias.

Os dados do Planejamento constam na lei de diretrizes que norteiam a elaboração do Orçamento da União para 2019, a ser entregue ao Congresso em 31 agosto. Os percentuais correspondem aos números absolutos do Tesouro Nacional. Ano que vem, o presidente a ser eleito em outubro poderá contar com R$ 98,3 bilhões de verba discricionária; em 2020, o valor cairá para R$ 81,4 bilhões; e em 2021, o montante disponível descerá a R$ 52,4 bilhões.

Ainda segundo o Tesouro, nesse período as despesas com a Previdência Social passarão de R$ 635 bilhões para R$ 758 bilhões; e as despesas com pessoal e encargos subirão de R$ 321,9 bilhões para R$ 335,3 bilhões.

A disponibilidade de recursos discricionários depende do que o governo arrecada em tributos e do que é obrigado a gastar. Assim como a elevação das despesas determinadas em lei, a queda de arrecadação de receitas, em razão de baixa no crescimento econômico ou por causa de isenções fiscais, agrava o desequilíbrio.

Além disso, o analista de finanças públicas Fábio Klein, da Consultoria Tendências, acrescenta que a regra do teto de gastos impacta na diminuição do orçamento para despesas discricionárias. “A meta do teto comprime o crescimento do gasto. Como há muitos gastos que crescem acima da inflação para que o teto seja cumprido o governo acaba cortando essa margem fiscal”, explica

Administração federal inviável
O Instituto Fiscal Independente (IFI) do Senado Federal alerta, em seu Relatório de Acompanhamento Fiscal divulgado este mês, para riscos a médio prazo de que o próximo governo correrá para tocar o dia a dia da administração pública.

“Nesse contexto, é razoável supor que a redução paulatina da margem fiscal esbarraria em um limite a partir do qual o funcionamento da administração federal se tornaria inviável. Esse limite tenderia a ocorrer ainda antes de 2024, ano em que a margem ficaria muito próxima de zero”, descreve.

Assim como os riscos para o funcionamento da máquina pública, o documento questiona se o próximo presidente conseguirá manter as despesas obrigatórias no limite do teto de gastos. “A pergunta que se coloca é se haverá tempo disponível para debate e aprovação de algumas das principais reformas necessárias para que se cumpra o teto de gastos ao longo do próximo ciclo político-eleitoral, notadamente no primeiro ano de governo”.

Mantidas as tendências de gasto, o IFI ainda prevê que governo a ser eleito em 2022 terá dificuldades para cumprir a “regra de ouro”, que proíbe a União de se endividar para cobrir gastos correntes de custeio da máquina, como salário dos servidores, manutenção de equipamentos e pagamento de contas água, luz e telefone.

Os próximos presidentes deverão ficar atentos às amarrações da regra de ouro, do teto de gastos e da Lei de Responsabilidade Fiscal, assinala Fábio Klein. “O problema é se imputar ao presidente da República crime de responsabilidade se não respeitar as vedações da lei e os gatilhos que a emenda constitucional do teto de gastos criou”.

Apesar dos riscos políticos e jurídicos e da gravidade da situação fiscal, a pauta não está no centro do debate eleitoral. De acordo com o cientista político Geraldo Tadeu Moreira, da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj), o tema não mobiliza os presidenciáveis porque é “muito depressivo” e os candidatos, independente da matriz ideológica, preferem evitar.

“O momento é de fazer diagnósticos dos problemas, mas também de transmitir uma mensagem de esperança. Os políticos gostam de enfatizar: ‘comigo essa situação pode mudar’”, aponta o cientista político.

Candeias: Prefeitura convoca pescadores que recebem o auxílio defeso para a entrega de documentos

A Prefeitura Municipal de Candeias através das Secretárias Municipais de Desenvolvimento e Assistência Social e Agricultura, Pesca e Pecuária estão convocando os pescadores e...

Professores da Bahia aprovam paralisação em protesto contra proposta de reajuste salarial

Professores da rede estadual de ensino da Bahia aprovaram uma paralisação para os próximos dias 29 e 30, conforme decisão tomada durante uma assembleia...
Prefeitura Municipal de Morro do Chapéu

Candeias: Prefeitura convoca pescadores que recebem o auxílio defeso para a entrega de documentos

A Prefeitura Municipal de Candeias através das Secretárias Municipais de Desenvolvimento e Assistência Social e Agricultura, Pesca e Pecuária...
Fundação Jose Silveira

Candeias: Prefeitura convoca pescadores que recebem o auxílio defeso para a entrega de documentos

A Prefeitura Municipal de Candeias através das Secretárias Municipais de Desenvolvimento e Assistência Social e Agricultura, Pesca e Pecuária...

Professores da Bahia aprovam paralisação em protesto contra proposta de reajuste salarial

Professores da rede estadual de ensino da Bahia aprovaram uma paralisação para os próximos dias 29 e 30, conforme...

Drogas sintéticas são apreendidas durante operação nacional em Feira de Santana

Drogas sintéticas e maconha kush que seriam distribuídas em festas privadas em bairros nobres de Feira de Santana foram...

Randerson Leal propõe construção de pista de atletismo

O vereador Randerson Leal (Podemos) apresentou na Câmara Municipal de Salvador o Projeto de Indicação n° 44/2024, que solicita...