Em cinco meses, os 350 jovens que participam da turma 2018.2 do Projeto Semente de Ciência, em Salvador, estarão aptos a ingressar no mercado de trabalho, em diferentes áreas. As aulas já foram iniciadas e acontecem no Centro de Educação Desportiva e Profissionalizante (Cedep) e no Centro de Orientação Familiar, ambos situados no São João do Cabrito, no Subúrbio Ferroviário.
O projeto oferta cursos técnicos de Tecnologia da Construção em Eletricidade Predial de Baixa Tensão, com carga horária de 480 horas, além de Pedreiro Predial, Suporte em Informática (Help Desk) e Administração de Empresas, todos com 400 horas. De acordo com o coordenador técnico do Cedep, Elinsmar Mendes, são dez turmas, com 35 alunos cada e aulas nos turnos matutino e vespertino. “Os cursos são divididos em módulos específicos, com matérias pertinentes a cada área; e básicos, com disciplinas de português, matemática, formação humana, informática, cultura e esporte”, explicou.
A ação é realizada em parceria com a Associação Voluntária para o Serviço Internacional (Avsi) e faz parte do Programa Jovens Baianos, executado pela Coordenação de Juventude (Coojuve), da Secretaria da Justiça, Direitos Humanos e Desenvolvimento Social do Estado (SJDHDS). Fernando Maltês, assistente técnico da Coojuve, destacou que “o Semente de Ciência ajuda a transformar a vida dos participantes, principalmente sob a perspectiva profissionalizante, preparando o jovem para o mercado de trabalho que é mais formal”.
Perspectiva de futuro
Selecionados via processo seletivo, os jovens beneficiados pelo Projeto Semente de Ciência integram o Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico). Jamile Silva, 20 anos, é aluna de Eletricidade Predial e já sabe o que quer para o futuro. “O interesse surgiu por que meu pai é eletricista e eu sempre gostei da área. Meu plano é sair daqui já trabalhando, seja contratada por alguma empresa ou como autônoma”.
Professor de Jamile e dos outros jovens que escolheram a Eletricidade Predial, Cléber Oliveira garante que o histórico do Semente de Ciência demonstra que a iniciativa tem resultados positivos. “Já aconteceram vários casos de alunos que saíram daqui para estudar mais, inclusive para fazer cursos de graduação, além de outros profissionais que se formam e já saem para atuar de maneira autônoma ou em empresas”, relatou o professor.