Com a vitória de Jair Bolsonaro à Presidência do país, o mercado local amplia a desmontagem de posições cambiais, que enfraquece mais o dólar e influencia na queda das taxas de juros assim como dá impulso ao Ibovespa futuro e aos ativos brasileiros no exterior. Logo após a abertura do pregão na manhã desta segunda-feira (29/10) o Ibovespa futuro subia mais de 3,5%.
No câmbio, por volta das 9h15, o ajuste de baixa já perdia força e a moeda americana renovou máximas acima dos R$ 3,610, ante mínimas no patamar de R$ 3,58. Já na renda fixa, as taxas mais longas exibiram recuo perto de 30 pontos-base, com o contrato de janeiro de 2025 perdendo 28 pontos-base nos primeiros negócios. O movimento ocorre em meio ao recuo do dólar ante outras moedas emergentes e ligadas a commodities num dia de bom humor no exterior.
Segundo operadores, os negócios são influenciados também por interesses técnicos ligados à rolagem de contratos cambiais de fim de mês, a sinalização do presidente eleito de que o economista Paulo Guedes, que será ministro da Economia, poderá não ter a autonomia esperada para formar a sua equipe e a indicação de que o Banco Central passará a adotar meta para a taxa de câmbio, além de meta de inflação.