O pequeno aparelho que limpa o chão de casa e reconhece objetos e paredes, atendentes virtuais e até o garçom em forma de tablet para o jantar a dois. O check-in no aeroporto, a telefonista automática e até o “self-service” no restaurante são serviços, cada vez mais, mediados por robôs e/ou pela inteligência artificial.
Um estudo inédito feito com dados pelo Laboratório de Aprendizado de Máquina em Finanças e Organizações da Universidade de Brasília (UnB) mostrou que essas máquinas movidas por tecnologia de inteligência artificial devem, nos próximos anos, ganhar ainda mais espaço – e seguir substituindo postos de trabalho.
Segundo a pesquisa, até 2026, 54% dos empregos formais do país poderão ser ocupados por robôs e programas de computador. A porcentagem representa cerca de 30 milhões de vagas. O trabalho, desenvolvido ao longo de 2018, avaliou uma lista de 2.602 profissões brasileiras.
Levando em consideração o número de trabalhadores com carteiras assinadas no fim de 2017 – de acordo com os dados da Relação Anual de Informações Sociais (Rais) do Ministério do Trabalho –, os pesquisadores chegaram ao resultado de que 25 milhões (57,37%) exerciam funções com probabilidade muita alta (acima de 80%) ou alta (60 a 80%) de automação naquele ano.